Antonio Jose de Oliveira Pres da Abrajet CE |
“Após ver as imagens de Fortaleza, apresentadas na primeira edição do CE TV, a impressão que fica é de que a cidade não vai suportar uma quadra invernosa. Algumas ruas da periferia estão esburacadas e muitas intransitáveis, fruto de serviços mal feitos e de mau uso do dinheiro público. Pelo que se observa das obras da Cagece, Fortaleza está flutuando sobre crateras e canos estourados. Lamentável!”. Na íntegra, o desabafo da amiga e confreira Edgony Bezerra, em seu Blog, para chamar a atenção das autoridades locais sobre esse problema crônico.
Bem! Na próxima semana, iniciar-se-á o Carnaval Brasileiro, quando a folia é geral em todas as capitais brasileiras, porém umas mais, outras menos. Carnaval dos bons – dizem – ocorrem nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo Salvador/Bahia e Recife/Pernambuco, onde as festas mominas são antecipadas. Para os foliões, de ambos os sexos, são três ou mais dias de muita diversão, de bebedeira e de curtição. Muitos concordam até com trecho de uma canção carnavalesca, que afirma: “No Carnaval, ninguém é de ninguém”, como a justificar que tudo, nesse período, é permitido em matéria de conquistas amorosas.
Voltando ao que destacou a jornalista Edgony Bezerra, que foi, por mais de 25 anos, Editora do Caderno de Turismo, do jornal Diário do Nordeste, sendo, anteriormente, Editora de Turismo do extinto jornal impresso Tribuna do Ceará, tem toda razão em desabar, vendo, no dia a dia, problemas, na infraestrutura de suporte a esse segmento econômico, denegrindo a imagem da Fortaleza/Turística, a quem sempre nos referimos como a “Loira Desposada do Sol”, segundo a denominou o falecido poeta cearense Paul Nei, numa de suas poesias à terra-natal.
É bem verdade que nenhuma capital nordestina está preparada, para enfrentar fortes chuvas, mormente se a quadra chuvosa for boa, na opinião dos estudiosos dos fenômenos da natureza, especificamente, a ocorrência de chuvas pesadas acima dos 50 milímetros. Nesse caso, a rede de esgotos estoura, espalhando águas fétidas e contaminadas, misturadas com as caídas do firmamento, arrastando lixo e outros resíduos sólidos, sem falar dos alagamentos e destruição dos calçamentos e da camada asfáltica, pois são mal feitas e comparadas a comprimidos que se dissolvem na presença de água.
Mas, mesmo com mazelas à vista, Fortaleza, no carnaval, recebe considerado número de visitantes, inclusive as cidades interioranas, localizadas nos sertões, serras e litorais, estas bastante procuradas pelos atrativos do Sol, mares de águas tépidas, bebidas e mariscadas, nas barracas da orla, tendo ainda a badalação de conjuntos musicais, festas em alguns clubes sociais, em hotéis, bares, restaurantes, sem falar do “Mela-Mela”.
Ante o exposto, fazemos um apelo: tratemos bem, com educação, presteza nas informações, solicitadas pelos turistas, nada de grosserias, de exploração aos bolsos daqueles que se dispuseram a passar os dias mominos, em Fortaleza, e em outras cidades interioranas. Vamos torcer, para que não haja violência física, assaltos, acidentes de trânsito, quando irresponsáveis, dirigindo carros, motos, bicicletas, estando embriagados, provocam graves acidentes nesse período do ano. Gente, curta o Carnaval, porém com responsabilidade e respeito ao próximo. É bom você lembrar-se de que sua liberdade termina, onde começa a da outra pessoa. Feliz, Carnaval!
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