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sexta-feira, 23 de junho de 2017

DE CARA NOVA - O FESTIVAL MÚSICA DA IBIAPABA TEM APELIDO CARINHOSO

Encerramento de oficina musical em 2016
O Festival Música da Ibiapaba, realização da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, chega à 13ª edição cheio de novidades. O evento de formação musical, que ocorre em Viçosa do Ceará, de 22 a 29 de julho, é um dos mais reconhecidos do calendário cultural do Estado e uma das principais ações de interiorização da política cultural. Este ano, o “Mi”, como está sendo chamado, se aproxima das sonoridades contemporâneas, ganha nova identidade visual, um apelido, a curadoria de grandes nomes da música cearense e nacional, além de um patrono, o maestro cearense Alberto Nepomuceno.
Realizado pelo Governo do Estado do Ceará, através da Secult e do Instituto Dragão do Mar, em parceria com a Secretaria da Educação, o “Mi” traz nesta edição mais diversidade às ações formativas e à programação artística.
NOVA IDENTIDADE - Outra novidade é que, em 2017, o festival incorpora um apelido, “Mi”. Como explica Fabiano Piúba, secretário da Cultura do Estado: "fizemos um exercício de criação coletiva até chegarmos ao Mi. Queríamos encontrar uma sigla, um apelido para o Festival e, quando nos deparamos com o Mi, encontramos a pronúncia perfeita. É uma referência clara ao "m" de música e ao "i" de Ibiapaba. Além disso, uma referência à nota musical, à terceira nota da escala musical, então tem uma sonoridade natural e saborosamente silábica de pronunciar, de cantar, de tocar: 'mi!'”.
Assinada pela designer carioca Ana Soter, a nova identidade visual alia referências musicais à Serra de Ibiapaba. “Por ser um festival originalmente de formação em música erudita, parti do universo estético das notas e pautas musicais para o reconhecimento imediato do tema. Trabalhei com uma tipografia que faz alusão à forma curva das montanhas, unindo, assim, as duas referências mais importantes para a nova identidade do Festival”, explica a profissional.
PATRONO - O maestro cearense Alberto Nepomuceno (1864-1920), um dos mais importantes da história da música nacional, surge como patrono e inspirador do “Mi”. Defensor do diálogo entre as raízes brasileiras e a música erudita, entre a segunda metade do século 19 e começo do século 20, o compositor, pianista e regente foi fundamental para a construção de uma sonoridade que representasse seu povo, sem se distanciar do que havia de melhor no cenário mundial.
CURADORIA - Como reflexo da ideia, foram convidados três músicos com experiências distintas para fazer a curadoria do eixo formativo do “Mi”: Alfredo Barros (CE), Amilson Godoy (SP) e Daniel Ganjaman (SP). O professor e maestro da Orquestra Sinfônica da Universidade Estadual do Ceará (OSUECE), Alfredo Barros, acompanha de perto o cenário da formação musical no Estado, especialmente a erudita, mas conjuga esse trabalho com um olhar também voltado para as tradições populares. Já o maestro Amilson Godoy traz consigo a experiência da música popular brasileira com o tratamento elaborado da música erudita. O músico, arranjador e produtor Daniel Ganjaman é um dos formuladores da música contemporânea brasileira. É ele o responsável pela produção de alguns dos melhores discos dos últimos anos, de artistas como Criolo, Céu, Sabotage, BaianaSystem, entre outros.
MESTRES DA CULTURA - Dentro de uma estratégia de valorização do Programa Mestres da Cultura, desde o ano passado a Secult vem inserindo esses homens e mulheres, seus sabores e fazeres, suas artes e ofícios, na programação mensal dos equipamentos da secretaria e destacando sua participação em grandes eventos. Foi assim na última Bienal Internacional do Livro do Ceará e no Festival Música da Ibiapaba não será diferente. Além de compor a programação artística aberta ao público, eles também estarão dividindo suas experiências nas oficinas. 
FORMAÇÃO E MERCADO MUSICAL - Segundo a coordenadora de artes e diversidade cultural da Secult, Valéria Cordeiro, outro aspecto importante do “Mi” em 2017 é a introdução de discussões voltadas para a experiência e a inserção no mercado. “Além do talento, de ter uma formação estruturada, como o músico pode entrar no mercado, de que outras formas? Vamos discutir as várias possibilidades de inserção desse músico, trazendo inclusive o diálogo dos mestres da cultura com os profissionais que atuam no mercado e que estarão no festival”, diz.
As políticas públicas de cultura voltadas para a música também entram na programação do festival, com o Encontro Estadual de Regentes de Bandas e o Encontro Setorial da Música, que deve reunir o fórum estadual e os representantes das entidades ligadas ao setor.
O CEARÁ MÚSICA - O Festival será também um espaço para reflexão e construção das políticas públicas de cultura para o setor. Os encontros dos regentes de bandas e do Setorial da Música serão ambientes para qualificar o debate em torno da construção coletiva do Programa Ceará Música, como parte integrante das políticas de artes da Secretaria da Cultura, envolvendo os elos das cadeias criativa, produtiva, formativa, distributiva e difusora da música realizada no Ceará.
INSCRIÇÕES PARA AS OFICINAS -  Marca maior do Festival, a formação tem seu ponto alto nas oficinas e workshops. Os curadores e outros profissionais da música, vindos de diversas partes do país, realizarão cerca de 30 oficinas e workshops durante os oito dias de “Mi”.
Com 400 vagas para alunos da rede pública de ensino e 200 destinadas ao público em geral, as inscrições gratuitas começam nesta terça-feira, dia 20, e seguem até o próximo dia 4 de julho. O processo deve ser feito pelo site da Secult ou presencialmente na sede da secretaria municipal de educação de Viçosa.

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