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sexta-feira, 23 de junho de 2017

FESTA DA CULTURA CEARENSE - O THEATRO JOSÉ DE ALENCAR COMPLETOU 107 ANOS

O Theatro José de Alencar, equipamento da Secretaria da Cultura do Estado do Ceará, completou 107 anos, no sábado passado, 17. Ícone da cultura e da história cearense, o Theatro foi inaugurado em 17 de junho de 1910. Para comemorar a data, a partir das 14h e até 21h, o TJA teve programação intensa, com entrada franca. O "Arraia do Zé" reuniu tradição e alegria, no jardim do Theatro, contando com uma programação infantil e apresentações de quadrilhas, grupos musicais e grupos populares, com encerramento por conta da cantora e compositora cearense Marivalda Kariri, às 19h30 e concurso do melhor casal matuto.
Coube à Banda de Música da Base Aérea de Fortaleza, no saguão do TJA, às 14h, a abertura dos festejos. . Logo em seguida entrou em cena o "Arraiá Infantil da Cumade Iracema", com atividade voltadas ao público infantil, no jardim do Theatro. 
A programação infantil seguiu até 17h, com apresentação da Quadrilha Cai Cai Balão e do Grupo de Tradições Folclóricas Raízes Nordestinas.Às 17h30 houve a abertura da exposição "Iracema: Além do Ceará", na Galeria Ramos Cotoco, no Anexo do TJA. A mostra é composta por 21 quadros bordados, inspirados na obra de José de Alencar é uma promoção do Grupo Iluminuras em parceria com o TJA. 
A Orquestra de Câmara Villa Lobos apresentou "Clássicos Nordestinos", às 18h30, no foyer do Theatro. No mesmo horário, aconteceu o exercício de montagem do espetáculo Geração Trianom, na Praça Mestre Boca Rica e Teatro Morro do Ouro, espaços do Anexo do TJA. Às 19h30  foi hora de dançar ao som de Marivalda Kariri no jardim do TJA, com o melhor do forró pé-de-serra. 
A HISTÓRIA DO  TJA - A pedra fundamental do prédio que seria o Theatro foi lançada em 1896, no centro da praça Marquês do Herval, hoje praça José de Alencar. Mas o projeto não foi concretizado e dois concursos públicos foram realizados. No entanto, a obra realmente construída pouco tem das linhas apresentadas nos concursos. A ideia de construir um teatro jardim foi concebida através do projeto do capitão Bernardo José de Melo. Em 1904, na segunda administração de Nogueira Acioli, é oficialmente autorizada a construção do Theatro José de Alencar através da lei 768, de 20 de agosto.
Passaram-se ainda quatro anos para as obras começarem, exatamente no dia 06 de junho de 1908, quando toda a estrutura metálica já se encontrava em Fortaleza e foi apresentada em praça pública numa grande exposição. As peças metálicas vieram de Glasgow, na Escócia, importadas pela Casa Boris e fundidas pela Walter Mac Farlane & Companhia.
O Theatro José de Alencar foi inaugurado oficialmente no dia 17 de junho de 1910, com a banda sinfônica do Batalhão de Segurança, regida pelos maestros Luigi Maria Smido e Henrique Jorge.  No início do século, ao fazer o projeto arquitetônico do Theatro José de Alencar, o capitão Bernardo José de Mello imaginou um teatro – jardim. Mas o jardim mesmo só foi construído anos depois da festa de inauguração, na reforma de 1974 a abril de 1975. Ele ocupa todo o espaço vizinho ao Theatro, pelo lado leste, onde havia antes um prédio que primeiro abrigou o Quartel de Cavalaria e em seguida o Centro de Saúde. Foi demolido em 1973.
Um novo prédio foi incorporado ao Theatro José de Alencar na reforma de 1989 a 1990. Identificado como anexo, o prédio situa-se no lado oeste, logo atrás da antiga sede da Faculdade de Odontologia. Possui 2.600 metros quadrados e dois pavimentos, com acesso independente pela rua 24 de Maio. 
Curioso exemplar da arquitetura eclética no Brasil, o Theatro José de Alencar, além da sala de espetáculo em estilo art noveau, dispõe de auditório de 120 lugares, foyeur, espaço cênico a céu aberto e o prédio anexo, com 2.600 metros quadrados, que sedia o Centro de Artes Cênicas (CENA), o Teatro Morro do Ouro, com capacidade para 90 pessoas, a Praça Mestre Pedro Boca Rica, com palco ao ar livre e capacidade para 600 pessoas, a Biblioteca Carlos Câmara, a Galeria Ramos Cotoco, quatro salas de estudos e ensaios, oficinas de cenotécnica, de figurino e de iluminação, abrigando ainda a Orquestra de Câmara Eleazar de Carvalho e o Curso Princípios Básicos de Teatro e Circo.

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