UMA LÍNGUA EM TRANSIÇÃO – Já dissemos e repetimos: o Português do Brasil de há muito está esmaecendo. Para nós, longevos, há certos momentos, certas notícias e artigos publicados pela mídia que não entendemos patavina, pelos vocábulos que aparecem, técnicos ou não. Às vezes, quando abro os jornais e informações da TV, sinto-me quase analfabeto. São tantos brainstoring, brinefing, ceo, plus size e milhares de outras palavras que quase ficamos tontos, sem saber mesmo se estamos lendo informações em língua portuguesa ou, como dizíamos antigamente em “GADERI POLUTY”. Desde os tempos de estudante do Liceu do Ceará e, de Letras, da Faculdade Católica de Filosofia aprendemos que a língua de um país ou de uma região tende a sofrer modificações, chegando a gerar dialetos e até desparecer da vida cotidiana, caso do hebraico, ou se tornarem menos vulgar. É o caso do Latim, que após o fechamento dos seminários e de as missas serem rezadas totalmente em Português encontrar-se em processo violento de ser apenas uma lembrança. Pois o nosso Português do Brasil está também em descida violenta. A língua de um povo, pois, é como a vida humana. Nasce, cresce, se desenvolve e aos poucos foge das suas origens. À propósito do assunto, lemos na Internet uma colaboração de um cidadão, Léo Marques, com apoio em professores consagrados, comentando sobre a mudança de entendimento do significado de algumas palavras (evolução semântica?), entre elas bacana, virilha, aporrinhar, cocotinha, esculhambar, babaca e coitado, todas esquecendo o sentido anterior, quase sempre do antônimo do significado atual. Soe acontecer (outra velhice) o que está dito. Assim, não tendo mais a capacidade de aprendizagem dos moços, os idosos costumamos sair pela tangente, certamente ficando para trás. É a vida.
REVIVENDO UM PASSADO – Fazia muitos anos que não íamos ao Theatro José de Alencar. Na última quarta-feira, lá estivemos, participando de uma solenidade que reuniu sodalícios dedicados à cultura. Logo ao chegar, diante do vetusto prédio, uma gostosa saudade nos invadiu. Na década de l940, éramos assíduos frequentadores do belo monumento da cultura cearense. Quantas vezes fomos aos espetáculos oferecidos por artistas e diversas companhias da antiga capital Federal, o Rio de Janeiro. Impossível esquecer de Procópio Ferreira, Vicente e Pedro Celestino, de “Deus lhe Pague”. Também vieram à memória as reuniões da Câmara Municipal de Fortaleza, quando, como repórter de “O Nordeste”, assisti a debates, no “foyer” do Theatro, de dois “monstros sagrados” das letras e história do Estado: Américo Barreira e Denizard Macedo. Ambos, competentes que eram, em plano superior, discutiam horas a fio problemas não só da terra mas universais. Américo era da bancada do Partido Comunista. Denizard, defendia suas ideias de Integralista. E os carnavais que vivi no “José de Alencar?. Que tempos! Eu era “liso” mas inconscientemente feliz..
SEMINÁRIO – Realização do jornal O POVO, efetiva-se hoje, no Teatro Rio Mar, importante evento que tem como proposta o “impacto das tecnologias em um cenário de fortes mudanças”.
Personalidades importantes da economia farão palestras, como o Phd em Economia Política Subramaniam Ragam; Miguel Fonseca, vice-presidente da Toyota do Brasil; Regiane Romano, doutora em Administração de Empresas; prof. Paulo Vicente, doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas; e César Sanson, professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte
A programação do evento começa às13h30 e o último conferencista, Miguel Fonseca, vice-presidente-executivo da Toyota, falará a partir das 18h20.
FESTIVAL DE FRUTOS DO MAR – No próximo dia 15, a partir das 19 horas, o Jaguaribe Beach Restaurante ( Hotel Jaguaribe Lodge & Kite) realiza um Festival de Frutos do Mar. Com ingredientes regionais misturado com o toque da culinária francesa, o festival faz parte do início das comemorações do primeiro ano do hotel na cidade de Fortim.
Com menu exclusivo por R$ 120,00, a noite também conta com o DJ Robson e Junes, que irão animar a noite com uma seleção musical especial.
O Jaguaribe Beach Restaurante localiza-se na rua Praia Canoé - Pontal de Maceió, Fortim – Ceará.
NO ESTORIL A MEMORIA DO CANGAÇO - As Secretarias do Turismo e da Cultura da Prefeitura de Fortaleza, em parceria com o Sesc, estão apreentando a exposição “No Rastro do Cangaço”, no Estoril. Do artista cearense Vlamir de Sousa, a mostra de arte lembra os 80 anos da morte do lampião, Virgulino Ferreira da Silva.
Com caráter regional, a exposição, que faz parte da série “Visões do Cangaço”, conta com mais de 20 obras que retratam a vida dos cangaceiros em pinturas a óleo, desenhos e aquarelas. A mostra ficará exposta até o dia 14 de setembro.
Homenageando Lampião, os trabalhos de Vlamir de Sousa abordam o dia a dia do grupo que marcou a cultura popular nordestina e retratam uma imagem diferente de Virgulino em suas obras, deixando de lado a violência e focando no ponto de vista da vivência do grupo.
Vlamir trabalha a mais de 20 anos em temas voltados para o cangaço. Com mais de 100 trabalhos, o pintor aborda diversas técnicas, trazendo consigo uma densa carga de conhecimento histórico e artístico.
Lampião ficou conhecido por ter atuado no nordeste brasileiro e por sua integração como o melhor líder cangaceiro da história, intitulado como o Rei do Cangaço.
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