A VIDA CONTINUA – Na nossa longeva existência, apenas constatamos o óbvio: dois fatos se mostram realmente verdadeiros, O primeiro é que “não há bem que sempre dure nem mal que não se acabe”. O outro é que ninguém escapa da morte. No Eclesiastes, sobretudo no Capítulo 3, itens 2, 4, 8 e 20, com clareza meridiana, a confirmação da primeira assertiva: “ Há atempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou; Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar; Tempo de amar, e tempo de aodiar; tempo de guerra, e tempo de paz; Todos vão para um lugar; todos foram feitos do pó, e todos voltarão ao pó”. E assim tem sido desde que o mundo é mundo. Sobre a outra verdade, nada há a acrescentar, pois ninguém escapa da sina – nasce, vive uma vida pequena ou longa e, no fim, torna-se pó. Estas duas fatais sentenças nos vieram à mente em razão dos últimos acontecimentos que causaram ao brasileiro terror, medo e pesar. Sobretudo o estouro de uma das barragens da mineradora VALE que ceifou centenas de vidas e agrediu impiedosamente o meio ambiente em Brumadinho, em Minas Gerais. Quem não se comoveu com o drama das famílias que perderam seus entes queridos, suas casas, suas terras? Quem não se comoveu ou se comove com o trabalho ingrato das turmas de socorro em busca dos desaparecidos? Infelizmente a lei da vida e da morte finalmente prevalece. A tragédia está recente, mas as marcas dolorosas perduram ainda quase apenas nas famílias golpeadas de Brumadinho. Os que vivemos longe do lugar – e que tanto nos apiedamos diante da tragédia, já, como se diz, partimos prá outra. O Carnaval está às portas e vamos cair na folia, pois ninguém é de ferro... E a vida continua na sua implacável alternância.
DE LUTO O TURISMO BRASILEIRO – De luto está o turismo do Brasil. Morreu na última sergunda-feira, 4, Paulo Gaudenzi, aos 74 anos, em Salvador. após não vencer um acidente vascular cerebral. Incontestavelmente era ele uma das maiores referências do turismo do País.
Ex-secretário da Cultura e do Turismo, Paulo Gaudenzi com justiça era considerado um dos mais destacados nomes da administração da Bahia e especialista renomado do setor turístico em todo o país. Foi durante muitos anos secretário da Cultura e do Turismo do Estado, prestando também reconhecido e aplaudido serviço como presidente da Bahiatursa, Ao seu dinamismo se deve o Centro de Convenções da Bahia, a interiorização do turismo e a criação das 13 zonas turísticas do estado
Economista e empresário, Paulo Gaudenzi era saudado como um dos idealizadores e tocadores de um plano estratégico para o turismo da Boa Terra, façanha que, junto com a criação da Salvador Destination, o consagrou como uma das maiores autoridades nacionais em planejamentos do turismo. Nos últimos anos, seu conhecido “know how” foi dedicado a serviços de consultorias turísticas em vários estados do país e, também, atuou na administração de hotéis e da ABIH/BA, entidade em que foi vice-presidente.
À família enlutada e aos que fazem o turismo da Bahia os sentimentos de pesar do “Rota do Sol - Jornal do Turismo”
EXPOSIÇÃO - No Centro Cultural Casa do Barão de Camocim, no último dia 31, às 19h, houve a abertura da exposição “Aguadô”, de Léo Silva, aluno da Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes.
A exposição é composta por trabalhos de vídeo, fotografia, documentos de arquivo, instalação e performance, com obras que relacionam o trabalho de entrega de água e sua comercialização na contemporaneidade. “Essa exposição, que é um trabalho de conclusão do curso de Realização em Audiovisual da Vila das Artes, também é um convite para que possamos sentir os trajetos da água e dos corpos que a carregam fora dos canos de uma atual colonização”, explica Léo Silva.
Fundada em 2006, a Escola Pública de Audiovisual da Vila das Artes oferece gratuitamente o Curso de Realização em Audiovisual. A formação de dois anos tem carga horária de 1.700h/a, com a chancela de extensão certificada pelo curso de Cinema e Audiovisual do Instituto de Cultura e Arte da Universidade Federal do Ceará (ICA/UFC). O curso é constituído por ciclos e cada um deles é composto por módulos, divididos nos seguintes eixos: histórico, teórico, linguagem, técnico, aproximativo e ateliê.
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