CENTENÁRIO DE MORTE DE CHICO DA MATILDE, O DRAGÃO DO MAR

Estatua em homenagem Chico da Matilde

"No porto do Ceará não se embarcam mais escravos". No último dia  6,  o centenário de morte de Chico da Matilde, jangadeiro que passou à história como o Dragão do Mar, por ter levantado a voz contra a escravatura no Ceará,  foi festivamente comemorado.  Marcando a data, o Centro Dragão do Mar, equipamento da Secretaria da Cultura do Governo do Estado, e a Coordenadoria Especial de Políticas Públicas para a Promoção da Igualdade Racial (CEPPIR), da administração estadual, promoveram  uma programação especial.

O Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura realizou um ato de homenagem, às 18h, diante da estátua do Dragão do Mar. A solenidade contou  com distribuição de flores e apresentações culturais em tributo ao jangadeiro, com show das cantoras Liliana Araújo e Auri de Yurua e da Caravana Cultural e lançamento do seminário "De Zumbi dos Palmares a Dragão do Mar". O show aconteceu  no Espaço Rogaciano Leite Filho, com início após a solenidade, que contou  com pronunciamentos de representantes da Secult, da Coordenadoria Especial de Políticas para a Promoção da Igualdade e do Centro Dragão do Mar.

O  seminário, lançado na quinta-feira, acontecerá  nos dias 22 e 23 próximos,  também no Centro Dragão do Mar, e reunirá pesquisadores, escritores e professores para debater temas ligados aos territórios quilombolas, à abolição da escravatura no Ceará, às religiões de matriz africana, às relações históricas entre África e Brasil. Outros temas abordados serão as relações raciais (análises econômica, históricas, sociais e estatísticas), o Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial, saúde integral da população negra e o movimento negro brasileiro na III Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial, a Xenofobia e a Intolerância Correlatas.