AGRADÁVEL REENCONTRO
Fazia alguns anos que íamos a João Pessoa. Mais anos ainda, voltamos a Campina Grande. Quanta surpresa agradável! A capital pessoense como que num espetáculo de mágica tomou ares de grande metrópole, sem muito dos males observados em outros centros mais famosos do país. O Centro Histórico quase não sofreu transformações substanciais. Os prédios, o comércio e a vida do dia a dia continuam para dar um toque de doce nostalgia. Contudo, a cidade se alargou muito, seguindo uma forma urbanística moderna, com algumas centenas de edifícios de arquitetura arrojada. Avenidas largas, com todos os toques acessibilidade. A da beira-mar do Cabo Branco é um bom exemplo, com pistas exclusivas para caminhadas e ciclovias. Na praia, campos de esportes de largas dimensões Uma norma: de cinco às oito horas, o trânsito fica proibido para veículos, assegurando as caminhadas e passeios. O turista tem muito que ver em João Pessoa. É de notar o desvelo e predileção do povo pela sua cultura, sob os vários ângulos e preferências. Lembrei-me de tempos atrás ao rever a Casa da Pólvora, o Casarão dos Azulejos, a igreja da Ordem Terceira de São Francisco e a de Nossa Senhora das Neves (Catedral Basílica), ambas tomadas pelo Iphan. Passei pelo Parque Sólon de Lucena e o Ponto de Cem Reis. Vi novidades como a ótima Estação Cabo Branco de Ciência, Cultura e Arte e a construção em parte final do
Centro de Convenções de João Pessoa, equipamento de larga projeção e que, certamente, vai multiplicar o turismo da capital paraibana. Enfim, a cidade precisa de ser vista pelos que têm bom gosto.
CAMPINA GRANDE
A mesma sensação que experimentei em João Pessoa repetiu-se, ao rever Campina Grande. No passado, imponente no alto da Borborema, era uma terra em que seu povo já se orgulhava pelo grau de progresso. Dominava como ainda hoje domina dezenas de municípios do seu entorno. Todos iam e, segundo me informaram, ainda vão se abastecer de bem materiais e culturais. A lenda era que em Campina “se fazia até relógio Ómega”. As faculdades de Medicina e de Engenharia já eram referência em todo o Brasil. Paraíso dos camioneiros, lojas e oficinas de carros se encontram por toda parte. Comércio ativíssimo, poucos hotéis, mas de boa qualidade. Saudades do Hotel Majestic, no centro da cidade. Saudades quando pela primeira vez cheguei, jovem que era, como jogador do Ceará, para enfrentar o Treze, o tradicional “Galinho da Borborema”. Hoje, já dentro dos “dois violões sem pescoço”, muita nostalgia, recompensada pela alegria de encontrar uma terra de progresso acelerado e que continua altiva, referencial. Manteve o que era bom e alcançou largos lastros de cidade pioneira, moderna e febricitante. A qualidade de vida e satisfação reflete-se no rosto do campinense. É com junta razão que sua população se orgulha em promover o “Maior São João do Mundo”, de ser um dos principais centros de pesquisa, ciência, tecnologia e educação do país, pioneira na exportação de softwares, destaque na indústria e no turismo. Ainda mais, é com justiça chamada de “Cidade Universitária”, com faculdades tocadas professores competentes, muitos PhD ou doutores, com mais de 52 mil universitários em suas 18 instituições de ensino superior. Ainda mais, não é todo estado que tem, como Campina Grande, o maior polo tecnológico da América Latina. Por fim, para encher mais a vista, o Garden Hotel Resort, na entrada da cidade, um equipamento turístico que se insere entre os melhores do Brasil.
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