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quinta-feira, 6 de novembro de 2014

CALEIDOSCÓPIO - INTOLERÂNCIA OU ESTADO PSICÓTICO

INTOLERÂNCIA OU ESTADO PSICÓTICO
Nos últimos tempos, parece que inconsequentes do Sul e do Sudeste querem mesmo dividir a República Federativa dos Estados Unidos do Brasil. Os fatos fluíram em dose elevada, primeiro  nos campos de futebol. Agora, com o resultado das últimas  eleições, em conversas e redes sociais. Nos campos, os negros e os pardos são xingados como macacos e outros epítetos depreciativos. Após a vitória nas urnas de Dilma Rousseff, perdedores que se acham elite, melhores, de sangue puro nas duas regiões passaram virulentamente a divulgar diatribes contra os nordestinos, acusando-os pela eleição da mineira de nascimento e gaúcha por opção. Para essa gente, de estado psicótico no mínimo duvidoso, dizemos que não somos petistas e não  votamos na eleita pelo prato de lentilha do Bolsa Família. Nós, como  milhares de outros no Nordeste,  preferimos Aécio, nas urnas. Contudo, como democratas, aceitamos  não sem frustrações o resultado das urnas.  Volto a falar nesta onda de discriminação em razão de e-mail que recebemos de um jornalista catarinense, conhecido de todos nós que lidamos na imprensa, na Abrajet em particular, como pessoa instável e “dona da verdade”. Em seu blog, despeja ódio contra os nordestinos, até citando o ex-presidente Henrique Cardoso e o Rei do Futebol, Pelé, que teriam dito que os “Nortistas e Nordestinos, votam com a barriga. Trocam sua liberdade por um prato de comida”. Certamente, aí estão distorcidas as palavras dos dois brasileiros de destaque, mas o que valia era o ataque à nossa gente. Não fiquei com raiva do atabalhoado jornalista. Pelo contrário, tive pena  do próprio com seu esdrúxulo pensamento, que felizmente não é compartilhado com a grande maioria dos brasileiros que  moram nas duas ricas regiões do País. Enquanto essas picuinhas, que certamente nos dilaceram,  temos orgulho de ter nascido por aqui, em terras tão causticadas pelas periódicas secas, mas de gente tão brava.  Os nossos José, Raimundo, Pedro, Francisco, os Barros, os Ferreira,  os Souza, os Mangueira, os Cajazeira, enfim todo esse povo fruto da miscigenação do índio, do africano e do português, mesmo diante das adversidades do meio ambiente e do clima,  é orgulhosa da terra em que vive. Exaltamos os nossos Floriano Peixoto, Tibúrcio Cavalcante, Castelo Branco, Antônio Conselheiro, Padre Cícero, Rui Barbosa, Castro Alves, José de Alencar, Ariano Suassuna, Jorge Amado, Gonçalves Dias,  Chico Anísio, Fagner enfim  tantos nordestinos ilustres que dignificaram e dignificam nosso País na política, nas letras e nas artes. Conscientes, também, exaltamos os imigrantes estrangeiros que chegaram para ser partícipe ativo do enriquecimento daquelas plagas, do Brasil. Vemos como irmãos alemães, italianos, austríacos, japoneses e as diversas nacionalidades que ali se estabeleceram. Os Schmidt, Wagner, Müller, Albertini, Bernardi, D'Angelo, Sato, Yamamoto e Watanabe. Exaltamos também o heroico feito do gaúcho Plácido de Castro, que se juntou aos nordestinos para conquistar o nosso Acre de hoje. Não somos xenófobos nem preconceituosos contra nada. Achamos que a vida é para ser vivida dignamente por todos. Por isto estranhamos  e não concordamos com os que plantam a semente do mal, do separatismo em particular. Será que querem nos tornar numa “vulcânica” Ucrânia? Assim, rogamos ao Grande Arquiteto do Universo que se apiede da alma dos divisionistas, livrando-os do espeto do Demônio nas suas tentações.

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