ACORDAR É PRECISO
Nos últimos tempos, principalmente do meio do ano passado para cá, verifica-se uma como que “falta de apetite” das autoridades da Prefeitura . do Estado e do chamado “trade” turístico para a consolidação da atividade e efetiva afirmação do destino Ceará. Vivemos uns quinze anos em que políticas públicas e o ardoroso e continuado trabalho de empresários e associações do segmento conseguiram chamar a atenção de brasileiros e estrangeiros, mostrando que o Ceará não era apenas sol e mar, mas que possuía atrações outras capazes de despertar interesse em qualquer turista. As promoções foram continuadas e intensas, assim como as participações em grandes feiras e eventos mundo a fora. Graças aos “road shows” promovidos pela ABIH/Ceará e o Fortaleza Convention Bureau, foi possível mostrar às populações de todas as regiões brasileiras as excelências que a natureza nos proporcionam, ao lado de eventos culturais e da nossa mais badalada diversão. Mostramos ao Brasil e ao mundo uma terra alegre, com povo receptivo e prenhe de humor, uma terra em que o turista poderia passar momentos felizes. Ao lado disto, o Estado tratou da infraestrutura turística com atenção, construindo excelentes estradas e até aeroportos que demandam o litoral e as Serras Grande e de Baturité para facilitar o conhecimento de cidades diferenciadas e praias atrativas, nas chamadas Costas Sol Nascente e Poente. Fortaleza, que se chamava apenas uma “cidade dormitório”, também melhor se estruturou, principalmente oferecendo opções imperdíveis de noitadas de shows musicais ou de humor, ou de visitas culturais e de compras de artesanato, com o Mercado Central sendo um ponto de referência. Tempo de muito movimentação nas esferas do turismo. O resultado não poderia ser outro. O Ceará chegou a ser o destino mais procurado na Região pelos turistas. Infelizmente, nos últimos meses nota-se que não somos mais os preferidos dos que desejam viajar, principalmente de brasileiros. A razão está clara e não diz respeito apenas à dificílima situação política, econômica e financeira que atravessamos. Deixamos de “vender” o nosso grande produto. Com raras exceções, “parece” que as nossas autoridades, aí incluídos os poderes públicos, e também os empresários que atualmente militam na área só enxergam que estamos em crise e turismo é coisa, talvez, para depois de tudo resolvido. Já não há mais o dinamismo do Prefeito Cambraia, dos secretários Bismarck e Patrícia Aguiar. Os Valmir Rosa, Eliseu Barros, Régis Medeiros, Colombo Cialdini e tantos outros empresários cansaram? Sem a mesma força de vontade, trabalho e união que se viu no passado, é muito pesado o ônus para que Darlan Leite, Manoelzinho Linhares, Enid Câmara, Circe Ponte, Pedro Carlos, Priscila Cavalcanti e mais uns poucos, descasquem os “abacaxis” e consigam o prestígio do passado recente. E o que pretendem de objetivo os novos secretários de turismo do Estado e da Prefeitura de Fortaleza? Enquanto isto, Bahia, Pernambuco e Paraíba estão aí a todo o vapor fazendo cerradas promoções no Brasil e nas maiores feiras que se realizam no mundo. Não querem perder um dos melhores produtos que tanto contribuem para a melhoria dos seus PIB. Questão de visão...
PROPAGANDA – Uma perguntinha ingênua : é jogar dinheiro fora fazer promoção, propagar produto? A resposta nos dão A Unilever Brasil , Via Varejo (Casas Bahia), Caixa (GFC), Ambev, Petrobras (GFC), Nestle, Banco do Brasil (GFC), Grupo Pão de Açucar e dezenas de outros grandes conglomerados empresariais. Todos têm nome e êxito firmados, mas gastaram milhões no ano passado em promoções e publicidades para continuarem no pódio. E para que a Coca Cola dispende ainda hoje, no mundo todo, milhões de dólares, como fez na última Copa do Mundo de Futebol, realizada no Brasil, quando gastou cerca U$ 400 milhões? Certamente a grande empresa americana sabe muito bem que quem não se anuncia, se esconde e a peteca cai...
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