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sexta-feira, 6 de março de 2015

O ACQUÁRIO CEARÁ CONTINUA NA BERLINDA


Volta e meia, a construção do Acquario Ceará é motivo de contestação por parte de muita gente que vê no equipamento, uma extemporaneidade e que o Estado tem outras prioridades, principalmente neste momento de cíclico período de seca. É o pessoal que crê ser turismo apenas uma forma de lazer, diletantismo,  e não um segmento de qualificação do Estado, capaz de gerar renda para vários outros ramos da atividade produtiva. Portanto, capaz de produzir renda para o Estado. 
No momento, em razão da paralisação das obras do Acquario, que está fluindo na Praia de Iracema, diante da Ponte do Ingleses,  a discussão veio à tona.  O Governo explica que a suspensão aconteceu apenas para ajustes, inclusive financeiros com a firma americana  responsável pela construção. Mas o fato é motivo para novamente se voltar a condenar a construção, com forte repercussão na Assembleia Legislativa do Estado, apontando-se com veemência questionamentos com base na viabilidade econômica e financeira e na necessidade de que  a verba à mesma destinada deveria ser empregada em outras que minorassem os efeitos da seca. Um deputado chegou ao ponto de sugerir que passe um “trator” sobre a obra. 
  Anteontem, 4, em audiência pública na Assembleia, os secretários Planejamento (Hugo Figueiredo), da Infraestrutura,  (André Facó), da Fazenda (Mauro Filho) e a secretária-adjunta do Turismo (Denise Carrá) forneceram amplas explicações aos deputados e pessoas presentes, fornecendo dados convincentes de que as obras do Acquário estão dentro de rigorosa legalidade, com poucos pormenores a serem superados.
De modo geral, os representantes do Governo foram convincentes, a ponto de modificar as opiniões de alguns deputados. Contudo, os  que fazem ferrenha oposição do equipamento, teimosamente ainda continuam na sua campanha depreciativa da obra, a ponto de articularem até a constituição de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar as irregularidades que arguem. Só que, até agora, apenas nove deputados assinaram o requerimento. Para a abertura da CPI são necessárias as assinaturas de doze parlamentares. 
COMPORTAMENTO ESTRANHO – Estranha-se nos meios políticos e da própria sociedade que os eternos deputados que se dizem representantes da moralidade pública, defensores do Estado e do povo até agora não se tenham empenhado com afinco em campanhas para que se concretizem as obras de transposição das águas do Rio São Francisco para o Ceará, a tantos anos anunciadas. Certamente,  se esta transposição já tivesse acontecido, grande parte do Estado não estaria sofrendo os efeitos da seca que nos abate. Certamente, os empresários da agroindústria que se desenvolve com êxito na zona jaguaribana não estariam pensando em mudar os seus negócios para o Piauí.
Também, por que não se revoltam com calar contra a desistência da construção da refinaria no Pecém? Estranho.

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