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sexta-feira, 20 de março de 2015

OLHAR CRÍTICO NO TURISMO

Antonio José de Oliveira
Vice-presidente da Abrajet-Ceará
Se, por um lado, ficamos satisfeitos com o crescimento do fluxo de turistas ao Ceará, mormente, Fortaleza, principal portão-de-entrada de visitantes, deixam-nos preocupados e não podemos, como jornalista, varrer para debaixo do tapete, o que não está correto e ajuda a arranhar a imagem do Ceará-Turístico, levando-se em consideração os milhões de reais investidos na divulgação do seu potencial turístico pelo Brasil afora e no exterior.
Isso dito, não é salutar dizer que pecamos, ainda, na recepção aos turistas, que merecem ser bem recebidos e oferecer-lhes uma infraestrutura de suporte, capaz de deixá-los satisfeitos e, além do mais, saírem divulgando os atrativos das localidades visitadas e da cultura prevalecente em glebas alencarinas.  Fortaleza-CE – não queiramos culpar as escassas chuvas – está com a malha viária repleta de buracos, incluindo alguns corredores turísticos, muito lixo esparramado nas coxias, ruas, avenidas e praças, o que representa, para eles, desleixo com a coisa pública. Ah! E as pichações nos monumentos, estátuas etc.?
Fortaleza está sendo bem divulgada Brasil afora e em alguns países estrangeiros, com apoio financeiro  do Governo do Estado, da Prefeitura Municipal (em menor escala) e de empresários que exploram os diversos segmentos do turismo local. A divulgação do potencial turístico cearense é motivo de elogios de nossa parte, pois sempre estamos a afirmar: Turismo que não se anuncia, esconde-se.
Mas, se brasileiros e alguns estrangeiros ficam conhecendo o que o Ceará tem de belo, útil e agradável pelos veículos de comunicação de massa (rádio, jornal, televisão, revista, folder, outdoor, cartaz, banner e sites na Internet), os visitantes, por outro lado, ao chegarem a Fortaleza,  deparam-se com alguns senões na parte de infraestrutura da cidade.
Ao conhecerem as praias, os ambientes de diversão pública, monumentos históricos, praças e outros atrativos decepcionam-se com a sujeira, em suas imediações, as pichações, danificações nos monumentos e com a escassez de sinalização turística, sem falar de que algumas ruas da “Loira Desposada do Sol” não contêm placas nominativas, conforme citamos anteriormente.
Ah! Dirão alguns: “Isso não é privilégio somente de Fortaleza. Acontece até nas maiores cidades do Brasil, que atraem mais turistas do que Fortaleza”. Os que justificam a assertiva, supracitada, querendo “cobrir o Sol com a peneira”, citam, dentre as capitais, São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador. Difícil reconhecer senões, existentes na infraestrutura fortalezense, nos transportes coletivos, nos meios de diversão pública, promoções culturais, limpeza e segurança pública, esta, atualmente, deixando muito a desejar, apesar das ações policiais, diariamente, no combate a assaltos, saidinhas bancárias, crimes hediondos e outras mazelas sociais.
Bem! Lembramos aos que não gostam de receber críticas construtivas que sejam humildes e aceitem-nas como uma forma de contribuição para melhorar o que temos de belo, útil e agradável, para deleitar os turistas. Gente, será que, em julho (alta-estação), ainda iremos receber mais visitantes, com vias esburacadas, águas empossadas nas coxias, sujeira nas praias, nas ruas e avenidas, monumentos pichados, meios de transporte coletivos velhos e a marginalidade deitando e rolando, como se diz na gíria? Autoridades públicas e privadas, responsáveis pelo desenvolvimento sustentável do Turismo do Ceará, sobretudo as de Fortaleza, em parceria com a iniciativa privada,  não podem corrigir os senões apontados por nós e pelo colega de profissão, jornalista José Rangel, que, em seu Blog, mostra, por meio de fotos, a realidade da infraestrutura de suporte ao Turismo?

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