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sexta-feira, 4 de setembro de 2015

POR ONDE ANDAMOS E ONDE ESTIVEMOS

Jornalista Carlos Casaes
Existem atividades profissionais que proporcionam a quem as exercita experiências e emoções diversas. Algumas, por evidente, destacam-se, pela especial  condição de oferecer reações empolgantes.
O jornalismo é uma dessas atividades particularmente ricas nesse sentido. A depender da especialização, destina aos seus titulares condições emocionais mais intensas e diversificadas.
Nessa catalogação, sub-especializações ainda mais carregam no seu contexto a riqueza de especificidade, sobretudo na esfera do relacionamento.
Se analisarmos o segmento do jornalismo do turismo, então vamos entender o quanto é prenhe de sensações várias. Em sua conta, contabiliza-se, por exemplo, a abertura em 360 gráus das fronteiras para o mundo.
Um simples pormenor, no entanto, traduz a força empolgante de que lhe reveste: a vastidão que lhe conduz ao relacionamento interpessoal. É por onde passeamos a nossa sociabilidade responsável por amealhar, a cada passo e em cada local, novos contatos.
Manifestam-se, então, múltiplas e sucessivas conquistas de robustas amizades.
Todo este preâmbulo é para fazer entender um momento muito especial que vivenciamos há poucos dias. O cenário foi a fantástica Ilhéus, na Bahia. Conduzidos pela iniciativa do “irmão” Edmundo Lemos, o famoso Didi, e na companhia da minha filha Carla Maria, do seu esposo e meu genro José Roberto, aliamo-nos a, em nada menor  irmandade do José Carlos de Araújo (dono deste pedaço) e do seu filho Carlos Alberto e do jornalista Antônio José, todos eles de Fortaleza,  para experimentar emoções intensas.
A nossa presença na bela São Jorge dos Ilhéus teve uma razão particularmente enriquecedora: fomos comemorar os 88 “aninhos” dessa figura carismática que é o companheiro Hans Tosta Schaeppi.
A sua identificação se inicia com a condição de homem dos “sete instrumentos”. Na verdade, não sete, mas dezenas. De formação na engenharia, tem desfilado por incontáveis plagas, resultantes da sua extraordinária sensibilidade. A partir do  aplaudido compositor de infinita produção melódica em que músicas e letras passeiam pelo imaginário popular. Irrequieto na sua condição de empreendedor emérito, deslizou-se pela comunicação, na condição de articulista sempre presente nos momentos de intensa afirmação. Foi além ao enveredar na hotelaria na qual construiu uma iniciante rede de unidades, das quais Ilhéus ainda se beneficia, há dezenas de anos, com o Ilhéus Praia Hotel e o Pontal. Entremeando essas incursões talentosas, a cada dia somava ao seu cartel de realizações unidades de edificações projetadas e construídas. Não satisfeito com a gama de tantas obras, perseguiu o ideal de destinar a Ilhéus afirmar-se no beneficiamento do rico produto que, anos a fio, exportava aos tantos países que lhe retornavam com o produto acabado. Construiu e montou a sua Fábrica de Chocolate, hoje premiada pela excelência dos seus produtos. Junte tudo isto a sua defesa intransigente da cidade que lhe deu vida e encontrará um cidadão combatente.
Para festejar essa babel de competência foi que, juntos, destinamo-nos a acolhedora Ilhéus. Começamos o périplo como partícipes, ao lado dos seus filhos, de comovente e singela solenidade  religiosa, na bela Igreja de Nossa Senhora da Vitória, uma de seus três  padroeiros (junta a São Jorge e a São Sebastião), onde o nosso destinatário recebeu as bençãos dos céus. Seguiu-se  a intimidade de convivência com os familiares, quando não faltaram o “Parabéns a você” e o apagar das “velinhas” (não confundir com velhinhas). Ambos os momentos aconteceram “en petit comité”. No entanto, dia seguinte. Foi a oportunidade da festejada reunião do tradicional Clube RM, que os seus integrantes dizem traduzir por “Ricos e Milionários”, mas os maledicentes afirmam ser “Rola Murcha”.  Não me perguntem por que. Como “pano de fundo” da saborosa galinhada, desfilaram as tantas e belas composições do próprio Schaeppi.
Oportunidades como esta é que nos enriquecem o espírito e nos fazem transitar pelas plagas incontáveis.
Jornalista Carlos Casaes
“Gazeta de Turismo” - Salvador

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