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sexta-feira, 11 de março de 2016

NOVAS EXPOSIÇÕES NO MUSEU DE ARTE CONTEMPORÂNEA

CENTRO CULTURAL DRAGÃO DO MAR
Hoje, às 19h, o Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura abre duas novas exposições, no Museu de Arte Contemporânea do Ceará Doações Recentes, que expõe as novas aquisições do museu, com curadoria de Bitu Cassundé; e Estratégias Volume 1, dos artistas Jared Domício e Marina de Botas, contemplados pelos Editais Culturais 2015/2016, do Instituto Dragão do Mar.
DOAÇÕES RECENTES -O recorte apresentado no novo bloco de doações do MAC-CE/2015/16 coloca em primeiro plano o eixo central da casa, o seu acervo, e a constituição dessa coleção. A mostra é formada, na sua maioria, por obras doadas pelos artistas, que, de alguma forma, estiveram ligados à instituição, seja através de exposições, programas públicos, oficinas, seja da recente parceria com o Laboratório de Artes Visuais do Porto Iracema das Artes, que tem ativado com potência o espaço.
Durante a mostra, diferentes eixos de conteúdos serão inseridos ao seu corpo, no período em que estará em exibição no Museu.. Intensa programação de oficinas ministradas pelo Setor Educativo ativarão ações nas rotas entre público, acervo, arquivos e documentos.
A exposição apresenta obras de Ana Maria Tavares, Armando Queiroz, Filipe Acácio, Júlio Leite, Júnior Pimenta, Leda Catunda, Marcos Cardoso, Mariana Smith e Sonia Guralh.
ESTRATÉGIAS VOLUME 1 - A exposição é uma proposta dos artistas Marina de Botas e Jared Domício, que nos convida, a partir de uma subversão de elementos do cotidiano, a rever conceitos, pontuar questões e abrir espaços para outras percepções. Os artistas oferecem ao público seus percursos de imaginação que apontam, dentre outras relações, para sentimentos primordiais do ser humano.
Instinto e transcendência atravessam as narrativas divididas em: Capítulo 1–Comigo Ninguém Pode; e Capítulo 2 – Bestiário de Fêmeas. O espaço foi pensado como livro, onde cada trabalho abre possibilidades de imersão por meio de diferentes meios. Desenho, vídeos, instalações e performance compõem a mostra.
No vídeo “Samsara” (Jared Domício, 2015), por exemplo, uma rosa é submetida a uma sessão de reiki, uma terapia de origem oriental que se utiliza da energia da imposição das mãos em processos de cura. A ação foi realizada com o intuito de evitar que a rosa viesse a murchar. O vídeo é o registro de uma atitude que busca estancar o inevitável processo da morte em curso inerente a todos os seres vivos. O registro não busca comprovar a veracidade de cura, mas apontar para nossas potencialidades desconhecidas e a poesia contida nas atitudes que parecem insólitas diante dos padrões que são atestados considerados legítimos.
Por outro lado, a “Monga” (Marina de Botas, 2016) apresenta uma estranha mulher que guarda segredos em torno das roupas que usa. O universo feminino transborda para outras questões através de uma narrativa que permeia a exposição e surpreende em um jogo perverso e irônico das relações entre vida e morte apresentadas sob os diferentes meios. A narrativa deixa um sabor e uma pergunta sobre: Qual seu lado animal? Uma pergunta que nos leva aos nossos pontos extremos e sobre o que somos capazes, quando assumimos nossos instintos e chegamos às nossas estratégias mais radicais.

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