A história do turismo no Brasil registra alguns aspectos tanto curiosos como interessantes. Sobretudo porque revela que, como em todas as atividades, existem ícones que se projetam na qualidade de indutores dos avanços e das conquistas. Sobretudo, diante da assertiva de que o turismo no país custou a encontrar os seus caminhos. Embora ainda esteja muito distante de atingir um nível de desenvolvimento, pelo menos, compatível com o seu potencial.
Um desses expoentes fez escola e, ainda hoje, é considerado como a grande referência, quando se analisa os meandros dessa tão importante atividade econômica. Refiro-me a PAULO GAUDENZI. Impulsionado pela sua condição de Licenciado em História pela Faculdade de Filosofia da Universidade Católica de Salvador e na qualidade de Bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal da Bahia, foi conquistado pela atividade pública, na qual exerceu funções na Coordenadoria de Fomento ao Turismo da, então, SIC/Ba, em 1973, na função de Coordenador. O seu desempenho foi de tal sorte eficiente que, em 1979, assumiu a presidência BAHIATURSA.
Para que se possa avaliar o quanto emprestou sua contribuição para que a atividade se afirmasse, não somente na Bahia mas expandida por todo o país, Paulo exerceu a presidência daquela empresa pública por 5 gestões e durante 18 anos. Criada, porém, a Secretaria de Cultura e Turismo, foi elevado a condição de Secretário, como reconhecimento ao seu excepcional desempenho. Foram 12 anos na Secretaria, desde 1995 e até 2006. Simultaneamente aquelas funções, ocupou a Diretoria e, depois, a presidência da Comissão de Turismo Integrado do Nordeste - CTI/NE, além de Presidente do Centro de Convenções da Bahia SA e Presidente da Empreendimentos Turísticos da Bahia SA.
Durante todo esse percurso, teve a oportunidade de executar três planos de turismo do Estado e iniciado o quarto plano, participando de três deles como Coordenador e Orientador. Foram: Plano de Turismo do Recôncavo, Plano de Interiorização do Turismo-Caminhos da Bahia, Plano de Desenvolvimento de Turismo da Bahia, com ênfase na infraestrutura, e Turismo no Século XXI. Em todo esse contexto, o que se depreende facilmente é o seu esforço para que o turismo fosse reconhecido definitivamente como importante atividade econômica. A conscientização sobretudo dos gestores no Poder Público. Fruto desse desempenho foi o posicionamento da Bahia entre os principais produtos do turismo Brasileiro.
Não é nenhuma demasia assegurar que a Bahiatursa tornou-se, então, uma importante e decisiva referência nacional na atividade e na promoção do turismo. Fomos testemunhas, durante todo esse percurso, de que, sob a sua égide, o órgão de turismo do Estado da Bahia se constituiu em autêntico catalizador do despertar de inúmeras outras unidades da Federação, que buscaram em sua acolhida a oportunidade de formar também as suas lideranças. Sem a menor dúvida, uma escola afirmada por sua atuação e pelo desempenho de todos os seus colaboradores.
Desde então, Paulo Gaudenzi nunca mais se dissociou do turismo. Hoje, reconhecido como a grande autoridade do setor, está emprestando a sua colaboração na GJP de Hotéis, através do Sheraton da Bahia, empresa hoteleira do também "monstro sagrado" do turismo brasileiro Guilherme Paulus. Ao lado dessa condição, ocupa a Vice-Presidência da ABIH/Bahia e a Presidência do Salvador Destination, enquanto, a nível nacional, é membro da Academia Brasileira de Eventos e Turismo.
Como exposto até aqui, vê-se que a Bahia, sob a sua liderança, constituiu-se em um modelo para todos os demais Estados, tanto em planejamento quanto em promoção e propaganda. Como entendo que os grandes exemplos devem ser sempre exaltados e perenizados, lembro daqui esse que é o grande ícone do turismo nacional.
Jornalista Carlos Casaes – Da Abrajet/BA
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