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quinta-feira, 11 de agosto de 2016

TURISMO: BRASIL AINDA POUCO COMPETITIVO

Voltamos a comentar assuntos turísticos, depois de uma grande pausa (recuperação de cirurgia na capital paulista), sempre relembrando, amigo-leitor, a razão de o nosso país não ser ainda competitivo, se considerarmos sua ínfima participação no – digamos – bolo do Turismo Internacional. Menos de 1% é insignificante mesmo.   
Vamos lá! Alguns entraves emperram seu desenvolvimento sustentável e solidário, a saber: problemas na infraestrutura de suporte ao turismo, a violência (cada vez mais aumentando nos grandes centros urbanos), a escassez de mão de obra qualificada, em muitos dos equipamentos (hotéis, restaurantes, bares, ambientes de entretenimento etc.). Acrescente-se a mudança constante de ministros do turismo, a escassez de recursos financeiros e poucos investimentos,  nesse segmento econômico, que, apelidado outrora a “indústria sem chaminés”.
O pior, minha gente, é que os senões não podem, nem devem suplantar todas as riquezas naturais, artificiais e culturais de um imenso Brasil, (geograficamente falando), em que cada Região possui características étnicas e culturas diversificadas.
Para nós, brasileiros, deve ser motivo de orgulho constatar ser o Brasil destacado, também, no universo turístico, como o país de maior número de lugares, considerados patrimônios da humanidade; da quantidade de áreas protegidas, embora o desmatamento seja descomunal, na Amazônia e em outras regiões, o que depõe contra o meio ambiente, com a poluição destruindo, em nome do progresso, nossas matas, nossos recursos hídricos, nossa fauna e tantas coisas que a mãe-natureza ainda nos proporciona.
É horrível, gente, perceber o nosso “Gigante pela própria natureza” - como diz um verso do Hino Nacional brasileiro – ficar atrás - diante de outras nações, em termos de Turismo, por falta de visão de alguns governantes das esferas estadual, municipal e federal e de alguns empresários do ramo, que não estão nem aí, para o que vem sendo feito à base do amadorismo.
Bem! Um absurdo a indicação de um ministro e isso acontece, frequentemente, mormente quando serviu de cabo eleitoral ou, então perdeu as eleições, para ocupar postos, nas esferas, acima mencionadas, parecendo brincadeira e uma demonstração patente de que Turismo é coisa de desocupados e que não rende dividendos à Nação brasileira.
Agora, caro leitor, preste atenção, por favor: longe de nós a tolice de afirmar que, no Brasil, não se investe, na infraestrutura do turismo, na divulgação do seu potencial e em mão de obra qualificada em todos os seus segmentos. Há investimentos, sim, senhor, porém ainda escassos. 
No momento, o Brasil é mostrado para mais de 200 países, mediante a realização dos Jogos Olímpicos – Rio 2016 (31ª edição). Ressalte-se ter sido um espetáculo a abertura, inclusive elogiado pelos meios de comunicação de países não participantes da Olimpíada. Mas, não podemos negar serem as verbas, para divulgação dos atrativos turísticos, da diversificada cultura regional e de promoções, interna e externamente, diminutas, se comparadas às de outras nações, inferiores à nossa, em belezas naturais, com mares de águas tépidas, as cataratas de Iguaçu, flora e fauna abundantes, ricos patrimônios históricos, variegadas peças artesanais, gastronomia, povo hospitaleiro e criativo, além de festivo etc. 
Parece-nos que pouco adianta ao Brasil ser considerado, dentre os países que exploram atividades turísticas, aquele que impacta mais de 60 segmentos econômicos, o de maior riqueza natural e fauna mais rica do mundo, se não é competitivo, na “Indústria do Turismo”, ainda ocupando um lugar não satisfatório no “ranking” geral, do Turismo Mundial.
Antonio José de Oliveira
Presidente da Abrajet-Ceará

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