Na década de 1980, com uma camioneta Belinda que comprara recentemente, em férias, larguei-me pelo Brasil. Na companhia da minha mulher Angelita, do filho Carlos Alberto, e da cunhada Alda visitei BH, Januária, São Paulo, Curitiba, Foz de Iguaçu, Pato Branco Xanxerê, Porto Alegre e outras tantas cidades do sudeste e sul maravilha. Na época, não poderia deixar de conhecer Gramado, uma joia bruta da natureza que estava despontando no caminho das viagens turísticas. A Serra Gaúcha, assim como dezenas de outros locais do território brasileiro, mostra uma natureza exuberante, rica de atrativos naturais, colírio que sensibiliza qualquer ser humano. Gramado, em particular, com suas hortênsias e sua geografia ímpar, estava despertando para se apresentar ao mundo. Era uma Suíça das boas em clima e natureza, porém ainda pouco badalada. Alguns anos passados, agora como jornalista dedicado ao turismo, tenho voltado todo o ano a viver dias de puro deleite na Terra das Hortênsias, com o objetivo principal de participar da Festuris, evento que, na sua 28° edição, é um dos mais fortes fatores do desenvolvimento da cidade, colocando-a como destino mundial. Diferente daquela época, hoje, com sua irmã gêmea Canela, a cidade criou “status” para ser desejada para temporada não apenas por milhares de brasileiros, de norte a sul, de leste a oeste, mas também por turistas de todos os continentes. O clima, a estrutura hoteleira, a proverbial condição de cidade limpa e de população educada e hospitaleira, acrescida de atrativos como o Natal de Luz, o Lago Negro, a Chocofest, o Snowland, o Festival de Cinema e restaurantes para todos os gostos tornaram Gramado um epicentro de interesse de todos que têm motivo para uma boa viagem. Esta lapidação da cidade, com toda certeza, foi fruto da seriedade, do empenho e da visão de uma plêiade de administradores e empresários de visão larga do município. Mas certeza também se tem que o mundo conheceu melhor este recanto turístico por causa da iniciativa das então jovens empresárias Marta Rossi e Silvia Zorzanello que, há 28 anos, com arrojo bancaram o Festival de Turismo e, depois, o Chocofest. Com competência, dinamismo e muita coragem, a firma Rossi e Zorzanello Feiras e Empreendimentos, ano a ano promove os eventos para os empresários mostrarem o que têm de melhor a oferecer nas suas prateleiras de turismo. Sonharam grande Marta e Silvia e não se satisfizeram apenas em alcançar os brasileiros. Acercaram-se de uma equipe competente e se lançaram para o continente sul-americano. O inesperado falecimento de Silvia Zorzanello, em 2010, certamente abalou a estrutura e os planos da arrojada firma. Contudo, passado o expressivo baque, a diligência de Marta Rossi funcionou. Ela refez a direção da empresa, acrescida com o dinamismo e inteligência dos jovens Marcos, seu filho, e Eduardo, este filho de Silvia Zorzanello. Ano a ano o Festuris foi ganhando fama e hoje atinge todos os cinco continentes. Os empresários e autoridades de uma centena de países não ficaram atrás dos brasileiros em divulgar no encontro de Gramado o melhor que têm a oferecer em lazer, cultura e esportes. A prova está na já vitoriosa edição prestes a realizar (de 3 a 5 de novembro entrante). Não obstante a crise que se abateu em nosso País, a Cidade da Luz será o centro do turismo com a presença de empresários de todas as partes. Com uma população de apenas 31.655 habitantes, estará no dia a dia com mais de 14 mil profissionais circulando e milhares de visitantes outros.. Será gente pra todos os lados. E Gramado dará por certo as boas vindas com um abraço fraterno.
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