BEACH PARK - AQUIRAZ - CE |
Empresários e especialistas em turismo cobraram na quarta-feira (19) redução da carga tributária para os parques temáticos. Eles discutiram o assunto em audiência pública da Comissão de Turismo da Câmara dos Deputados.
Atrações como Beto Carreiro, Parque da Mônica, Beach Park puxaram a economia para cima em 2015: com 17 milhões de visitantes, o setor faturou R$ 1 bilhão. Entretanto, os debatedores argumentaram que a expansão do negócio esbarra em gargalos domésticos, como impostos elevados e legislação inflexível. Por isso, segundo eles, o País figura hoje no 126º lugar no ranking de negócios, segundo o relatório de competitividade do turismo do Fórum Econômico Mundial.
CHUTAR O BALDE - “Precisamos de legislação que chute o balde, porque há um discurso de modernização do Brasil, mas persiste o conservadorismo”, reforçou o presidente do Instituto Brasileiro do Turismo (Embratur), Vinícius Lummertz. “Se continuarmos assim, a área de parques temáticos, com potencial de crescer 100%, ao ano continuará a crescer 10%”, complementou. Ele lembrou que o País abriga nove dos 10 melhores parques da América do Sul apontados pelo site de viagens TripAdvisor.
MONTANHA RUSSA - Para o presidente do Sistema Integrado de Parques e Atrações Turísticas (Sindepat), Alain Baldacci, é “incrível” que a legislação ainda trate a montanha russa como um bem de consumo, em vez de ser considerada um bem de capital, já que é um bem necessário aos serviços prestados pelo parque. Com isso, explicou, as empresas perdem isenção do IPI e redução do ICMS na renovação da infraestrutura. Na avaliação Murilo Pascoal, presidente do Beach Park, complexo de parques e resort no Ceará, o setor perde em inovação. “Qualquer parque tem como obrigação reinvestir. Com isso, os visitantes voltam, a capacidade operacional cresce, a máquina gira de uma maneira positiva”, disse.
PRIORIDADE DO MINISTÉRIO - O secretário executivo do Ministério do Turismo, Alberto Alves, por sua vez, disse que a redução dos impostos é prioridade da pasta no Congresso. "É preciso créditos especiais e juros adequados para reformas e novos empreendimentos”, disse. Segundo ele, o Poder Executivo já trabalha junto ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) para reduzir as barreiras da importação.
O presidente da Comissão, deputado Herculano Passos (PSD-SP), disse que foram aprovadas ontem, pelo colegiado, emendas à Lei Orçamentária Anual de 2017 que beneficiam a Embratur. Serão R$ 400 milhões para divulgação do turismo no exterior e R$ 200 milhões para publicidade doméstica. (Com a Agência Câmara Notícias).
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