Antonio Jose de Oliveira Presidente ABRAJET CE |
No artigo desta semana, ater-nos-emos a um assunto, do qual jamais esperávamos escrever com ênfase. Trata-se da abominável exploração aos bolsos dos turistas, praticadas, irresponsavelmente, por alguns meios de hospedagem, (o confrade Egídio Serpa fez a denúncia no Programa do Paulo Oliveira, na Rádio Verdes Mares AM, na segunda-feira, 3 de abril de 2017), na internacional Praia de Jericoacoara, incluída, entre as dez mais lindas do mundo, pelo jornal Washington Post, em 1994.
Bem! O jornalista Egídio Serpa não mencionou os meios de hospedagem a exorbitar, no preço das diárias, ( não citou os preços cobrados), mas afirmou que, por lá, o turista paga, em hotéis de luxo e pousada, restaurantes, mais caro do que um cinco estrelas, em Fortaleza, principal portão de entrada de turistass na “Loira Desposada do Sol”, a Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção.
Vez por outra, caro leitor, alertamos os empresários do ramo para o fato de não explorar, descaradamente, os turistas, colocando a ganância exagerada do lucro (ganhar por ganhar) à frente de seus equipamentos turísticos, pois podem matar a “galinha-dos-ovos de ouro”. Isso é válido para todo o Brasil. É bom lembrar, gente, que turista, enganado, jamais retornará ao polo receptivo. Pode-se ludibriá-lo uma vez, porém duas é quase impossível.
O governador do Ceará, Camilo Santana, visitou, recentemente, com auxiliares, o novo aeroporto internacional de Jijoca de Jericoacoara, localizado na rodovia estadual CE-085, no município de Cruz, para conhecer as instalações, que, sem dúvida alguma, com seu pleno funcionamento, atrairá mais turistas para Jeri e outras belíssimas praias nas circunvizinhanças.
Ainda falando desse aeroporto, foi divulgado que uma companhia aérea faria um voo direto de São Paulo para Jeri, porém a Secretaria Estadual do Turismo ventilou a possibilidade de as aeronaves passar, por Fortaleza, na ida e na volta, e não sabemos como está a situação.
Falou-se, outrora, na urbanização da praia de Jeri. A urbanização de Jeri, sem dúvida, deixá-la-ia mais bem equipada, em termos turísticos, porém perderia muito de sua tranquilidade, da naturalidade, sem falar daquele algo mais, característica de uma localidade semivirgem, capaz de atrair centenas de milhares de pessoas, curtidoras da natureza.
É bem verdade que o fluxo de turistas seria maior do que o atual, contudo, com o passar dos anos, os amantes da natureza, aqueles que adoram as coisas simples e fogem da vida agitada das cidades grandes, iriam desfrutar suas horas de lazer, em outras praias semidesertas, onde a urbanização está longe de acontecer.
Somos de opinião que, se, um dia, vier a acontecer a urbanização, tudo deve ser debatido, com os nativos e os que por lá residem, mormente, quando se tratar de acrescentar obras de infraestrutura de suporte ao turismo, entretenimento e segurança pública. Que haja, pois, planejamento para as coisas mais simples e complexas na sedutora Jericoacoara. Nada de imposições das autoridades estaduais e a municipal, incluindo empresários, alguns preocupados, apenas, com os interesses particulares e seu bem-estar, esquecendo-se da coletividade e de seu papel social.
É evidente que, se Jericoacoara for urbanizada e dispuser de infraestrutura de suporte ao turismo, como vias de acesso asfaltadas, mais hotéis de luxo, pousadas e albergues, restaurantes, boates, modernos meios de transporte e comunicações, aumentaria o fluxo de turistas naquela praia.
Agora, mais um alerta: paremos com a exploração aos turistas nacionais e estrangeiros. Se persistir o abuso, adeus fonte de renda para quem investiu em hotéis, pousadas, barracas de praia, restaurantes, bares, lojas de artesanato e equipamentos de entretenimento.
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