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sexta-feira, 5 de maio de 2017

CALEIDOSCÓPIO - FACA DE DOIS GUMES

FACA DE DOIS GUMES
Na sexta-feira, 28 de abril, as Centrais Sindicais, apoiadas por outras instituições, inclusive do Judiciário e de religiosas, promoveram um 'Dia de Protesto”, não apenas por causa dos projetos de lei em gestação no Congressos sobre as leis trabalhistas, com alterações na CLT, e da Previdência Social. Também, contra a administração do Presidente Michel Temer, que tem a pior avaliação dos últimos tempos. Nada mais justo do que os trabalhadores se insurgirem contra alterações tidas como prejudiciais à classe, com perdas de direitos há muito adquiridos. As passeatas e concentrações são um meio de pressão legítimo. Contudo, as distorções que ocorreram durante eventos no último dia 28, como cerceamento do ir e vir de pessoas que desejavam trabalhar ou não eram favoráveis aos movimentos, é condenável. Não é possível concordar com a ação de queimar ônibus e pneus em vias de acesso para impedir o trânsito normal da população. Não é admissível que tropas de choque, vândalos, passem a depredar bancos, casas comerciais e o patrimônio público. Na Europa há protestos muitas vezes em maior escala, mas não se observa fúria de ataques a lojas, bancos ou patrimônio público. Ações de insensatos como as que aconteceram no último “Protesto” provocam revolta. São faca de dois gumes, verdadeiro bumerangue. No Dia do Trabalho, também houve concentrações e passeatas. Felizmente, não maiores casos de arruaças. Certamente as repercussões negativas de fatos passados tiveram efeito.  Já se fala em greve de dois dias e marcha à Brasília para forçar os parlamentares a não votar os pontos polêmicos e prejudiciais aos trabalhadores.  Se assim acontecer, que se proteste de forma veemente, mas sem agressões ao patrimônio público nem a ninguém. O povo brasileiro é por índole pacífico e não tolera atos de vandalismo. As eleições estão aí para julgamento.

PREFEITO, TENHA DÓ – Colegas jornalistas que nos visitaram foram unânimes em fazer observações com o que toda a população também já reclama. Fortaleza é uma sujeira só, está perdendo o brilho pelo desprezo com que é tratada na questão, principalmente, da limpeza pública nas avenidas, ruas e praças. Os lixões estão por toda parte, no centro e na periferia. A cidade está aberta à proliferação de dengue, chikungunya, zika e outras doenças e insetos inimigos das pessoas, mas amigos da sujeira. E o problema cada vez aumenta, sem uma resposta positiva da Prefeitura. Não justifica a alegação de que o povo não coopera e até agrava a situação, pelo mau costume de não selecionar lixo doméstico para colheita e ser negligente no descarte do que deve ser colocado em local apropriado. De fato, grande parte da população é inconsciente e não coopera. Para tanto, contudo, há o rigor da Lei. Que se aplique sanções nos negligentes. Mas, forçoso é dizer que o atual sistema de limpeza pública da cidade é falho. E o resultado disto é que Fortaleza se apequena, perde charme.  Roberto Cláudio, que vem sendo um prefeito empreendedor e até aplaudido em várias de suas ações, principalmente no que diz respeito à mobilidade pública, deve acordar para o problema do saneamento da cidade. Por causa de um boi, não se vá perder a boiada toda... 

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