Fernanda Montenegro no evento de abertura |
A Festa Literária Internacional de Paraty (Flip) começou anteontem, quarta-feira. Pela 16ª vez, a cidade está com restaurantes, hotéis e ruas cheias de leitores, escritores, críticos literários e outros trabalhadores da indústria do livro. Se o calendário da cidade já inclui eventos que atraem mais público ou mais dinheiro que a Flip, nenhuma gera tanta divulgação para a cidade litorânea do sul fluminense, onde o turismo ocupa uma fatia de 70% a 80% da economia. O prefeito da cidade, Casé Miranda, acredita que mesmo o Festival da Cachaça ou a Festa do Divino concentrando mais visitantes, não há como comparar a divulgação que a festa literária produz. Com curadoria de Joselia Aguiar, a Flip 2018 vai até domingo próximo, 29.
Nesta edição, a expectativa de Paraty é que entre 15 e 20 mil pessoas visitem a cidade para participar da festa. O Festival da Cachaça, que ocorre este ano entre 16 e 19 de agosto, chega a concentrar o dobro disso, segundo o prefeito, mas o perfil do turista que chega com a Flip é de um poder aquisitivo muito maior.
HOMENAGEADA - Após homenagear Lima Barreto, autor cuja obra dialoga com as questões sociais e políticas de seu tempo, a Flip homenageará nesta 16ª edição a escritora Hilda Hilst, que fez sua literatura em torno de temas como o amor, a morte, Deus, a finitude e a transcendência. Com curadoria de Joselia Aguiar, a Flip 2018 acontece de 25 a 29 de julho, em Paraty.
CINEMA PÚBLICO - A programação de Paraty para a festa literária internacional conta com uma contribuição audiovisual na Praça da Matriz, coração do centro histórico da cidade. O Cinema da Praça, que foi reinaugurado no dia 19, após 45 anos, tem programação especial para o evento literário. Para o espaço, estão programadas sessões escolares, oficinas introdutórias ao audiovisual e exibições de filmes nacionais e estrangeiros para todo o público da cidade.
Após a Flip, quando o espaço receberá também performances e uma mostra de realizadores de Paraty, a agenda de eventos do cinema já tem pela frente o Festival Varilux de Cinema Francês, programado para 4 a 12 de agosto, e está prevista para data ainda não confirmada uma mostra temática sobre filmes já gravados em Paraty, com longas como Gabriela (1983, Bruno Barreto), Como era Gostoso Meu Francês (1971, Nelson Pereira dos Santos), e Quem é Beta? (1973, Luiz Carlos Lacerda).
A FLIP - Às margens do rio Perequê-Açu, numa arquitetura especialmente desenhada para cada ano da festa, autores se reúnem em conversas que transitam por múltiplos temas, como teatro, cinema e ciência. Além disso, a Flip oferece uma programação que mantém seus princípios fundadores: originalidade, intimismo, informalidade, o encontro singular entre escritores e público e, acima de tudo, ações de permanência. Flipinha, FlipZona e FlipMais compõem o programa da festa, com atividades que combinam literatura infanto-juvenil, performance, debates, artes cênicas e visuais.
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