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quinta-feira, 14 de novembro de 2019

12 DE NOVEMBRO: DIA DO CAJU NO CEARÁ

O artigo desta semana é dedicado ao Caju, haja vista ser seu Dia Especial 12 de novembro. A data ficou estabelecida pela Lei Nº 271, de 2011, que passou a ser comemorado, anualmente, a partir de 12 de novembro de 2012. Neste dia, são desenvolvidas ações de conscientização da utilização do fruto e de seus derivados, além de programações e eventos direcionados ao Turismo do Estado do Ceará. 
A data consta, no Calendário Oficial do Ceará, sendo o autor da Lei, o deputado estadual Manoel Duca da Silveira (Duquinha). Registre-se ter sido escolhido o dia 12 de novembro, por ser o aniversário de criação de uma das grandes empresas exportadoras de caju do Ceará, que, na época, completava 50 anos, ou seja, a Companhia Industrial de Óleos do Nordeste (Cione), do empresário Jaime Aquino (falecido), o maior exportador e cultivador de cajueiros do Nordeste. Importante escrever que, na opinião de estudiosos, agrônomos, industriais e cajucultores, o caju possui lugar de destaque, em virtude da crescente comercialização de seus principais produtos, a exemplo da amêndoa (ACC) e do líquido (LCC), contido no mesocarpo da castanha, sem falar dos derivados do seu pseudofruto.
No dia dedicado ao Caju, registre-se, ainda, a sua importância socioeconômica e cultural, para o Ceará, destacando-se como uma atividade de enorme expressão, garantindo, aproximadamente, 20 mil empregos diretos e 60 mil indiretos, além de divisas, em dólares, da ordem de 94 milhões, graças à exportação de castanhas e óleo, que fortalecem a economia cearense, afora ser uma fonte de renda a mais para quem cultiva cajueiros. A castanha de caju assada, suco, mel, geleia, cajuína e outras iguarias, à base do caju, são muito consumidas e levadas pelos turistas, como lembranças, para familiares e amigos.
Vale relembrar que, no dia 27 de agosto de 2019, por intermédio do deputado Romeu Aldigueri, foi realizada uma Audiência Pública, que possibilitou maiores aprofundamentos, sobre a Cajucultura, no Estado do Ceará, e o compromisso de ser criada a Comissão Parlamentar da Cajucultura. Ficou acertado, ainda, que o deputado levaria, para conhecimento dos seus pares e do governador Camilo Santana, as sugestões dos 18 representantes da Cadeia Produtiva do Caju, presentes à supracitada audiência, a fim de fortalecer a Cajucultura, divulgá-la mais e torná-la muito mais valorizada Brasil afora e no exterior.
A Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará (Ematerce), empresa estadual, na qual trabalhamos, há 41 anos, como assessor de comunicação, no Dia Estadual do Caju, tem muito a ver com esta importante cultura. É que presta assistência técnica e extensão rural aos pequenos produtores de caju (Cajucultores), em mais de 60 municípios, em parceria com a Secretaria do Desenvolvimento Agrário do Ceará (SDA). 
Neste dia, vale destacar algumas das ações extensionistas, voltadas para o desenvolvimento sustentável da Cajucultura, no Estado do Ceará, executadas, em benefício dos produtores rurais, que necessitam de mais tecnologias, em seus plantios, objetivando aumentar a produção, a produtividade, a qualidade das castanhas e dos pseudofrutos e, consequentemente, maior participação nos mercadores consumidores, no Brasil e no exterior, sem falar da renda líquida familiar, que ajuda a melhorar suas condições de vida no campo.
O caju é um dos produtos agrícolas mais representativo, na economia do Estado, sendo de responsabilidade da Secretaria do Desenvolvimento Agrário – SDA - e da Ematerce, a implantação de novos pomares e a melhoria dos existentes, nas pequenas propriedades rurais. Em 2018, foram orientadas 2.736 famílias, numa área de 6.349 hectares, produzindo 1.484 toneladas de castanha (produtividade de 321 quilos por hectare) e 19.374 toneladas de pedúnculo de caju comum (produtividade de 4.197 quilos por hectare). 
No mesmo ano, 1.858 agricultores familiares foram assistidos, na produção de cajueiro precoce, em 5.749 hectares, produzindo 2.067 toneladas de castanha (produtividade de 436 quilos/hectare) e 16.809 toneladas de pedúnculos.  Pelo programa do Governo do Estado “Hora de Plantar”, foram distribuídas 365.108 mudas de cajueiro anão a 896 produtores e implantadas 1.789 hectares de novas áreas. Apesar de todos os benefícios da Cajucultura, há necessidade de se trabalhar mais e avançar, nos índices da produtividade, ainda insatisfatórios, devido, dentre outros fatores, às doenças e pragas, afora os seis anos consecutivos de seca, que, em alguns municípios, provocou a dizimação de 100% dos cajueirais.  Importante lembrar ser necessário valorizar e expandir os cajueirais, de forma racional, além da preocupação com uma maior comercialização das castanhas e dos derivados dos pseudofrutos, transformando-os em polpas, sucos, mel, doces, geleias, farinha e outras iguarias à base do caju. O suco de caju bem que poderia ser incluído, na merenda escolar, comprado pelo Estado e pelas prefeituras municipais, por sinal, um alimento rico em nutrientes, como a vitamina C, Cálcio, Ferro, Fósforo etc.
MUSEU DO CAJU - Por acreditar na força socioeconômica e cultural do Caju, Gérson Linhares, grande defensor dessa cultura, fundou o Museu do Caju, no ano de 2007, para promover maior conhecimento da fruta. O museu localiza-se, entre Fortaleza e Caucaia, no Parque Guadalajara. Lá, é possível aos visitantes comerem iguarias e bebidas à base do caju, afora ver e comprar produtos artesanais, com a temática do caju, a exemplo de bolsas, artigos de decoração, literatura de cordel e produtos derivados da fruta, como cajuína, bolos, mel e doces. Os visitantes podem, ainda, assistir a palestras com foco na Cajucultura, ver fotos antigas, que mostram a história do Caju no Estado do Ceará. Para visitas, fora de grupos, somente aos domingos e alguns feriados, das 9 às 16 horas. Para tanto, deve-se agendar a visita pelo fone: (85) 3237.2687.

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