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sexta-feira, 29 de julho de 2011

CALEIDOSCÓPIO - O BRASIL E O TURISMO

Pesquisa recentemente realizada pela Booz & Company sobre competitividade, por solicitação do Fórum Econômico Mundial, chegou à conclusão de que o Brasil caiu sete posições na indústria do turismo internacional. Éramos o 45º em 2009 e neste ano estamos na 52ª posição no ranking mundial. Conforme a pesquisa, a queda se deu, principalmente por “problemas de infraestrutura, falta de segurança, falta de mão de obra qualificada e deficiência na regulamentação do setor”. Acrescentamos nós: valorização do real em relação ao dólar, razão suficiente para os estrangeiros acharem caro o custo de vida no Brasil, enquanto pelo mesmo motivo os brasileiros, com moeda valorizada, viajam “adoidados” para o exterior.  Lá, os gastos dos nossos turistas chegaram a RS$ 15,6 bilhões (US 10,18 bi). Felizmente a pesquisa aponta que somos melhores e/ou atraentes em, vários segmentos, como riquezas naturais e na concentração da maioria de lugares considerados patrimônio da humanidade. Menos mal. O recado está dado. Portanto, se pretendemos mesmo ocupar uma das lideranças mundiais em turismo – e temos potencial para isto – já são um grande passo os investimentos em promoção ora postos em prática pela Embratur e governos dos estados  através de suas secretarias de turismo. Quem não anuncia, se esconde. No caso específico do Ceará, tanto a Setur como a Setfor estão investindo firmes na divulgação do que possuímos em riquezas turísticas. Na realidade, se desejamos que o turismo seja importante na economia do Estado necessário é dizer para todo mundo o que temos de melhor, como sol, mar, bioma de caatinga com seus segredos, serras de natureza e clima convidativos, o Cariri com o Padre Cícero e 29 municípios ricos em atrativos naturais e culturais, e Sobral com um acervo histórico de valor. Sobretudo, divulgar que o cearense é hospitaleiro e sabe receber bem seus visitantes. Tudo isto, porém, não terá nenhuma valor se continuarmos com a infraestrutura turística que temos. Nenhum turista perdoará ver praças e ruas, canteiros centrais sujos, sem maiores cuidados, com carros em cima de calçadas, dificultando os pedestres, enfim  infra estrutura precária e uma segurança merecendo muitos reparos, pior ainda quando não há policiamento suficiente nos corredores turísticos. Os visitantes até virão atraídos pela propaganda. Mas daqui sairão insatisfeitos se não houver uma reformulação geral na cidade. E, no chamado “boca a boca”, serão eles os arautos de divulgação negativa. Se concluídos, os projetos para a Copa do Mundo 2014 surgem como grande passo. Mas serão mesmo concluídos?    

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