Pesquisar este blog

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

CALEIDOSCÓPIO - E POR QUE NÃO?

E POR QUE NÃO?
Na última sexta-feira, fizemos a pé proveitoso périplo pelo centro de Fortaleza. Andamos da Praça do Coração de Jesus (José Júlio?) até as proximidades da Catedral, passando pelas ruas Sólon Pinheiro, Perboyre e Silva, Praça do Ferreira, Barão do Rio Branco, terminando o passeio na Travessa Crato, onde, numa esquina, o popular Raimundo dos Queijos vende  deliciosos produtos originários de fazendas do interior do Estado.  Seu  queijo de coalho é um  poucos na cidade que ainda assam sem se esparramar. Deixa isto pra lá. O que chamou mesmo a atenção foi o “status quo” do nosso Centro Histórico. Muito atraente, conta a estória da Fortaleza dos bons tempos, mas num estado que faz pena a quem conhece outros centros históricos Brasil a fora. É de lamentar a luta quixotesca tentada pela Regional da área e Câmara dos Dirigentes Lojistas para reordená-lo, recuperá-lo. Calçadas estreitas, cheias de buraco; prédios bonitos e velhos mal aproveitados e não recuperados, muitos abandonados. Mercado chinês, árabe, sei lá, por toda a parte. Calçadas e passeio de pedestres tomados por bancas vendendo feijão verde, verduras, bijouterias e mercadorias que deviam ser comercializadas nas lojas. Enfim, uma sub-utilização de área tão nobre e que os poderes públicos tinham obrigação de deixá-la  em condições satisfatórias, o que se aguarda para uma cidade que se diz turística. Não culpamos ninguém especificamente, mas a esta administração e outras passadas que deixaram as cousas correrem soltas para chegar ao lamentável estado atual. Pergunta-se: é difícil mesmo e até impossível requalificar o Centro Histórico de Fortaleza? Não seria problema de prioridade, vontade política? Em momento tão propício como este de vésperas da Copa do Mundo, onde certamente Fortaleza estará apinhada de turistas, era esta a ocasião de se olhar também para este nosso grande cartão postal. Não é apenas, por exemplo, a Avenida Beira Mar, a Praia de Iracema e os corredores urbanos de mobilidade pública que merecem se bem apresentados. O Centro histórico deveria ser prioridade. Por que os governantes municipais e estaduais não têm, agora também, um plano efetivo para requalificar a área? À propósito, qual a razão da má utilização da Cidade da Criança, área grande, no coração da cidade. Lá não poderia ser o mais importante parque da cidade para utilização pela população? Certamente que o “engenho e arte” de arquitetos e profissionais do ramo teriam excelentes planos para o privilegiado local. Não poderia ser mais um equipamento tipo Centro Cultural Dragão do Mar, que deu vida a uma praça antes sub-utilizada? Ou adequá-lo com pistas para competições de kart e ou skate? Há mil idéias para revitalizar a Cidade da Criança. Para ser um centro de atração como foi quando era chamada de Parque da Liberdade, época em que abrigou feiras de amostra, Festas da Imprensa, shows grandiosos e outros notáveis eventos. Bons tempos aqueles que poderiam perfeitamente voltar ainda melhores. Estarei sonhando ou continuando ser um impertinente visionário? 

Nenhum comentário:

Postar um comentário