Desde terça-feira última, 14, no começo da tarde, o jornalismo do Ceará perdeu uma das suas mais competentes e éticas representantes. Faleceu aos 73 anos a jornalista Ivonete Maia, atual presidente da Associação Cearense de Imprensa e figura respeitada pela seriedade e dinamismo na maneira de ser como pessoa e profissional.
Maria Ivonete Moreira Alves, natural de Jaguaruana, desde cedo dedicou-se ao jornalismo. Trabalhou nos periódicos “O Nordeste”, “Gazeta de Notícias” e “O Povo”, também exercendo a profissão como comunicadora nas rádios Assunção e Verdes Mares. Na sua vitoriosa trajetória, sempre formou na linha de frente da classe. Teve a honra de ser a primeira mulher a presidir um Sindicato de Jornalistas no Brasil, o Sindjorce (1981-86), e também a Associação Cearense de Imprensa, na A CI em dois mandatos: de 1989-92 e de 2008 até ontem. Juntamente com Iran Benevides, Edmundo Vitoriano, os dois já falecidos, Edgony Bezerra, José Mario Pinto, Ivonildo Lavor e Antônio Augusto, em 27 de fevereiro de 1984, fundou a hoje Associação Brasileira dos Jornalistas de Turismo; ABRAJET, Seccional do Ceará.
Mas Ivonete teve trajetória brilhante também como educadora. Formada em Letras, pela Faculdade de Filosofia do Ceará e especializada na Universidade do Ceará, e jornalismo pela UFC, a dinâmica personalidade exerceu com competência vários cargos magistério cearense, inclusive no Curso de Jornalismo da nossa universidade federal. Na sua terra natal, Jaguaruana, deixou a marca do seu trabalho como Secretária de Educação.
Ante-ontem e ontem, no velório e na missa de corpo presente, acontecidos no Complexo Velatório Ethernus, na rua Padre Valdivino, a grande presença de pessoas foi uma prova inequívoca de como Ivonete era querida e respeitada pelos colegas, familiares e sociedade em geral. Partiu a guerreira, mas ficou o exemplo, o legado.
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