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quinta-feira, 26 de abril de 2012

CALEIDOSCÓPIO - PLANEJAR ENQUANTO AINDA É TEMPO

PLANEJAR ENQUANTO AINDA É TEMPO
De uma hora para outra, o até então acanhado município de São Gonçalo tornou-se o palco da maior revolução industrial do Estado. Com uma visão muito arguta e revolucionária de projetar o Ceará, o então Governador Tasso Jereissati, contrariando poderosas forças, decidiu construir no Pecém um terminal portuário de alta qualidade, opção maior para que pela região  se instalasse de fato um plano ousado de industrialização, competitivo e capaz de alavancar o progresso de região até então bastante carente. A partir do início da construção do porto, as terras do município de São Gonçalo e da sua fronteiriça Caucaia passaram a ser cobiçadas por grandes empresas nacionais e internacionais. Vieram também os grandes empreendimentos que enxergaram no moderno porto, local ideal para suas expansões. O resultado da mudança hoje é refletida no que se passou a denominar Complexo Industrial  e Portuário do Pecém. Lá estão indústrias de peso em energia elétrica, petróleo, aço, cimento e variadas outras que abrangem diferentes setores. A cidadezinha que antes era habitada essencialmente por pescadores artesanais transformou-se num aglomerado de milhares de pessoas, em que se confundem engenheiros e técnicos das mais variadas profissões, com operários especializadas ou não, que dão suporte ao soerguimento do complexo industrial. Se antes Pecém era um distrito já meio confuso no que diz respeito ao traçado das ruas, estreitas e sinuosas, lógico que agora a situação está pior. Como a quase totalidade dos municípios e distritos brasileiros, sem um plano de expansão, as conseqüências tendem ser cada vez mais desastrosas para o povo da terra e que para lá se mudaram em função de trabalho. O problema há de ser resolvido com urgência pelos governos do Estado e do Município, naturalmente com o suporte das indústria que lá estão instaladas ou se instalando.  Planejar enquanto ainda é tempo deve ser a palavra de ordem. Construir  centros habitacionais modernos, com obras estruturantes e de mobilidade urbana compatível é o menos que se espera, Também que se conserte ou que tente  consertar o atual centro histórico. Ainda mais que pensem na vizinha Taíba, dez quilômetros distante do centro de Pecém, uma das praias cearenses mais vocacionadas para o turismo de lazer e de esportes desenvolvidos no seu extenso mar.
HERANÇA MALDITA
Fomos surpreendidos, pela manhã de hoje, com notícias negativas no que se refere às obras planejadas para ficarem prontas até o início da Copa do Mundo de 2014. Baseada em temores do Ministro Walmir Campelo, dava-se a informação de que seriam uma herança maldita,  pelo andar da carruagem, estas obras que vêm sendo executadas ou estão em planejamento, caso não seja liberada a tempo a verba a elas  destinada. Dava-se conta de que, até agora, foram liberados apenas 5% dos 10 bilhões e 930 milhões. A notícia parece alarmante, mas é sobretudo uma  advertência para que se faça cobrança urgente aos ministros envolvidos com a Copa, principalmente os dos Esportes,  das Cidades e dos Transportes. Não há dúvidas de que também, nesta cobrança,  seja incluída a Presidente Dilma Rousseff, que anunciou recentemente 32 bilhões de reais para obras de mobilidade urbana, dos quais R$ 3,03 bi  para Linha Leste do Metrô de Fortaleza. Se “dormirem no ponto”, como insinua o Ministro Campelo, de fato teremos maldita herança.

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