Será hoje (08) o início da décima edição da Bienal Internacional do Livro do Ceará. O evento, que acontecerá até o próximo dia 18, no novo Centro de Eventos do Ceará, tem como tema “Padaria Espiritual – O Pão do Espírito para o Mundo”, homenagem aos 120 anos do movimento artístico que escandalizou a pequena Fortaleza do final do Século XIX com o humor, o talento e a ousadia de um grupo de escritores, pintores e músicos cearenses desejosos de uma renovação artística e literária.
Em uma iniciativa inovadora, pela primeira vez a Bienal Internacional do Livro do Ceará terá a presença do Prêmio Nobel de Literatura 1886, escritor e dramaturgo nigeriano Wole Soyinka. Serão homenageados também o poeta, ficcionista e ensaísta cearense Rafael Sânzio de Azevedo, e o norte-riograndense José Cortez, ex-lavrador, e um dos principais editores do Brasil, tendo fundado a Editora Cortez.
Além do reconhecimento à Padaria Espiritual, a Bienal celebrará ainda os 90 anos da Semana de Arte Moderna, e os Centenários do Rei do Baião, Luiz Gonzaga; dos escritores Jorge Amado e Nelson Rodrigues; e do cantador e violeiro Joaquim Batista de Sena, legítimo representante da poesia popular nordestina.
Ampla e diversificada programação foi montada para permitir à X Bienal Internacional do Livro contemplar o maior número possível de interfaces com a literatura. Para tanto, serão promovidas mais de 500 atividades entre palestras, mesas-redondas, lançamentos de livros, exposições, shows lítero-musicais, cineclubes, colóquios, convenções e debates. As atividades serão realizadas nos diversos espaços montados, entre eles o Espaço Cordel, o Café Java, o Espaço Jovem, o Espaço Infantil e o espaço Oca – Ana Miranda, entre outros.
Paralelo ao show “Recanto”, Gal Costa estará hoje, na abertura do evento, também no formato voz e violão, ao lado do músico Luiz Meira.
FRANCISCA CLOTILDE - No sábado, 10, na Bienal do Livro, na Sala 2 Bruno Jaci (José Carlos Jr) |Mezanino 2, de 14h00 às 18h00, homenagem aos 150 anos de Francisca Clotilde, famosa escritora cearense do século XIX,
Francisca Clotilde (foto) é mulher de sinuosos caminhos, recuperados aos poucos e não completamente desvendados. Nasceu na Fazenda S. Lourenço em São João dos Inhamuns – hoje município de Tauá –, em 19 de outubro de 1862. Este ano, são comemorados os 150 anos de seu nascimento nesta Bienal, com palestras e mesas-redondas em torno da importância de seu legado. Foi a primeira professora da Escola Normal, em 1884. Em 1886, tornou-se a única sócia efetiva do Club Literário, do qual participavam intelectuais como Rodolfo Teófilo e Antônio Bezerra. Seus escritos estão registrados em panfletos, almanaques, brochuras, revistas, jornais e nos livros que publicou, concretizando em mais de cinco décadas um largo programa de escrita.
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