Janeiro é o mês em que novos prefeitos assumiram seus cargos, iniciando, assim, gestões em quase dois mil municípios, com atrativos turísticos, em todo o Brasil. Alguns foram reeleitos; outros administram suas comunas pela primeira vez. Há, também, aqueles que já foram prefeitos e retornam ao batente como dirigentes-mor de seus municípios.
Bem! A todos eles, fazemos um indispensável apelo (na qualidade de jornalista e que, há mais de 30 anos, escreve sobre assuntos turísticos), para que se interessem mais pelas atividades turísticas e invistam neste segmento econômico. Em agindo assim, carreiam recursos financeiros para os cofres municipais, geram empregos e divulgam o que existe de belo, útil e agradável em suas localidades.
Lembrem-se, também, de que é preciso investir na infraestrutura de suporte ao turismo e na promoção do potencial turístico, visto, por mais atrações de que disponha um polo turístico, sem vias de comunicações (telefonia, transportes, estradas etc.), hospedagem e divulgação é difícil atrair turistas. Outra preocupação é com a qualidade dos serviços prestados. Urge, pois, qualificar a mão de obra ociosa. No Brasil, ainda pecamos muito nos serviços.
Outro lembrete: os prefeitos não deviam nomear, para órgãos municipais de turismo, cabos eleitorais ou vereadores que perderam as eleições e que nada sabem de turismo, ou - pior ainda - não têm interesse por esse tipo de atividade econômica. Se tal ocorrer, saem perdendo o turismo, a população local e os turistas. Dirigentes de órgãos de turismo, despreparados e não éticos, só atrapalham e denigrem a imagem do órgão e emperram o incremento das atividades do setor.
No Ceará, apesar de ser um Estado pobre, devem os prefeitos de municípios turísticos buscar articulação com a Secretaria Estadual do Turismo – Setur – haja vista que este órgão tem condições de formalizar parcerias e, num trabalho conjunto, elaborar um plano turístico para os municípios. Os prefeitos têm, também, a Embratur, considerando que o organismo federal de turismo, vem pondo em execução o Programa de Municipalização do Turismo.
Ao final, só nos resta escrever: deixem, senhores prefeitos, o comodismo de lado. Acreditem no que a exploração racional do turismo pode trazer, em termos de benefícios, para seus municípios (infraestrutura), e para a melhoria das condições de vida da população (geração de emprego e renda), sem falar da divulgação da sua cultura.
Sucessos, prezados prefeitos. E, agora, não se esqueçam de nosso apelo: TUDO PELO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO TURISMO MUNICIPAL.
Antonio José de Oliveira / Diretor-secretário da Abrajet-Ceará
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