Não foi surpresa alguma para os que vivemos por aqui as declarações do ministro da Secretaria de Aviação Civil, Moreira Franco. As obras de reforma do terminal de passageiros do Aeroporto Internacional Pinto Martins não ficarão prontas antes dos jogos da Copa do Mundo de Futebol, entre 12 de junho e 13 de julho próximos. O atraso no início dos trabalhos e as constantes paralisações dos operários por conta do não cumprimento de acordos trabalhistas claramente eram o indicativo de que não seriam honradas as promessas governamentais. Aliás, parece que está no DNA dos nossos governantes o não cumprimento do acertado e anunciado. Para nós, do Ceará, maus exemplos não faltam: transposição das águas do São Francisco, ligação ferroviária norte/sul, refinaria e paremos por aqui pois o leque das promessas é grande. Por seu turno o Estado e a Prefeitura Municipal de Fortaleza também falham feio no que houvera sido acertado, ainda pelos anos 2009, em relação ás nossas obrigações. Não são satisfatórias as intervenções para tornar a cidade mais estruturada, mais visível e bonita, com limpeza e mobilidade urbanas capazes de tornar saudável e prática a vida dos que aqui moram ou daqueles que virão para os jogos. O que está patente em relação ao Aeroporto Pinto Martins é o não efetivo empenho da Infraero (governo federal) em relação ao andamento das obras do Terminal de Passageiros, pelo menos no que havia sido acertado para ser entregue antes dos jogos da Copa. Por seu turno, também ao Governo do Estado cabe a culpa de não haver conduzido com diligência os problemas de desapropriação e outros que tais para que a Via Expressa, sem dúvida de grande importância para a mobilidade urbana, venha a se concluída até o prazo estipulado. Finalmente, a Prefeitura de Fortaleza, não obstante o empenho anunciado, também ficará muito a dever. Das nove obras da sua responsabilidade, concluídas mesmo em junho próximo apenas a Rotatória do Castelão, os Bus Rapid Transit (BRTs) das avenidas Paulino Rocha e Alberto Craveiro e o Túnel da avenida Santos Dumont sob a Via Expressa. Menos de cinquenta por cento das responsabilidades assumidas. Se consolo for, segundo consta, no quesito aeroporto, das doze cidade-sede dos jogos apenas São Paulo e Manaus cumpriram o dever de casa, não obstante ainda se incluírem no rol dos faltosos em outros obrigações. Um fato é claro, deixamos tudo para a última hora, daí o “remendo” para minimizar o problema do Aeroporto Pinto Martins. Como o ministro Moreira Franco anunciou, será feita com urgência uma edificação provisória, ao custo de 3,5 milhões de reais, a fim que esta capital possa receber com mais dignidade aos que aqui chegarem via aérea. É o dinheiro do povo saindo pelo ralo.
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