Não se trata do que é gasto com o presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, seu gabinete e assessores. Isso é fichinha em relação ao que é dispendido com o presidente da Câmara Federal, tudo dentro de normas legais, se bem que bastantes liberais.
Via Internet, o jornalista Leandro Prazeres, da UOL- Brasília, publica uma matéria dando conta do que o País destina para o feliz presidente da Câmara dos Deputados, no momento em que, em eleição acirrada, disputam, no dia 1º de fevereiro próximo, o cobiçado cargo os deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Arlindo Chinaglia (PT-SP), Júlio Delgado (PSB-MG) e Chico Alencar (PSOL-RJ)
Pelo que está publicado, é muita mordomia para uma pessoa, eleita pelo povo para representá-lo. Será que nos outros países, mesmo os mais ricos do mundo, um servidor público ganhe tanto dinheiro e tenha tantas benesses? No nosso “rico” Brasil é assim.
Pelo que informa o jornalista Prazeres, o erário brasileiro dispõe de verbas, diretas e indiretas, destinadas ao presidente da Câmara dos Deputados, afora os seus subsídios. Vamos lá:
Gabinete exclusivo, na Praça dos Três Poderes, além do que lhe é destinado normalmente igual a de todos os deputados; casa de 800 metros quadrados, no Lago Sul de Brasília; carro oficial, com dois motoristas; direito de viajar em aviões da FAB, nas viagens oficiais ou motivo de segurança e emergência médica ou viagens a serviço e descolamento para o local de residência permanente do presidente ( se optar por viajar em avião de carreira, a despesa será paga pela Câmara. Funcionários): direito de nomear 47 funcionários, para o auxiliar no cargo cujos salários totais somam R$ 4,2 milhões anualmente (doze salários, mais os valores referentes ao 13º salário). Registre-se que, afora esses 47 servidores, há mais os 25 destinados normalmente a todo deputado. Por fim. Na prática, o presidente da Câmara tem direito a 72 funcionários, que custam aos cofres públicos R$ 5,2 milhões por ano.
Registre-se que a presidente da República, o presidente do Senado e do Tribunal, afora outros ministros e servidores de menor cotação também têm, legalmente diga-se, os mesmos direitos. Não seriam de bom alvitre que a contenção de despesas com os sortudos também fizessem parte das medidas para realinhar as finanças do Brasil? Ou é pedir muito?
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