MOBILIDADE URBANA EM FORTALEZA
Na atual administração municipal, Fortaleza vem passando por uma fase revolucionária no que diz respeito a mobilidade urbana. Cidade não planejada, ou sem preocupação de administradores com o futuro, as nossas ruas e avenidas sempre foram estreitas. Largas, para os padrões da época, só as do Imperado, Tristão Gonçalves, Duque de Caxias e Dom Manuel. As mais longas, com as do Joaquim Távora, Santos Dumont e a que demandava o Alagadiço, na saída para o interior da zona sul do Estado, também eram de bitola estreita. Não se previu o estouro populacional. Saímos dos poucos mais de trezentos mil habitantes, na década de 30,40 do século passado para os quase dois milhões de habitantes de hoje. Somente nas administrações Cordeiro Neto e Murilo Borges houve a abertura da hoje Bezerra de Menezes. E Fortaleza foi crescendo, crescendo de modo vertiginoso sem que os prefeitos se preocupassem como deveriam com a movimentação humana e de veículos. O resultado é que aos poucos chegamos a verdadeiro caos, com a cidade se expandindo para todos os lados, milhares de ônibus, automóveis e motos circulando cada vez mais e o povo sofrendo as consequências. Isto posto, o prefeito atual elegeu como uma de suas prioridades o encaminhamento de soluções para minimizar a situação. Assim, suas ações se têm voltado firmemente para mudar a circulação de veículos nos principais corredores da cidade, não obstante boa parte de afortunados proprietários de automóveis, e também de pedestres, reclamarem, com os transtornos que as obras vêm causando. E, como “técnicos”, até afirmam que muitas das soluções estão erradas, contrariando o que foi decidido pela equipe de engenharia de trânsito da Prefeitura. Ora, gente, paciência, dar prioridade à circulação de ônibus, transporte da massa trabalhadora é o que de melhor se está fazendo. A criação de ciclovia não é uma boa medida? As pontes e viadutos não são necessárias ? As respostas estão com os que trafegam, por exemplo, pelas avenidas Bezerra de Menezes, Santos Dumont, Dom Luís, Washington Soares e outras grandes artérias do lado sul da cidade. Há imperfeições, então que se corrija. Contudo, agora, de modo honesto não se pode blaterar que não são boas as intervenções em curso para se melhorar o transito de Fortaleza, pelo menos na parte referente à circulação de veículos. Agora, como tudo não são flores, diga-se que a administração da capital, em relação à circulação urbana, peca e feio quando se trata de outros graves problemas que afetam as idas e vindas das pessoas. As calçadas de Fortaleza são um atentado ao pedestre, principalmente se ele for deficiente. Irregulares, quebradas, sem rampas, apinhadas de lixo e quase sempre servindo de estacionamento para carros são um contraponto ao que se está desenvolvendo em relação à circulação de veículos. Portanto, a administração municipal está fazendo a coisa pela metade no que diz respeito à circulação urbana em Fortaleza. Atente, sr. Prefeito, para uma obra ser boa é necessário que seja completa, sem senões.
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