Aeroporto Pinto Martins em vantagem |
O Grupo Latam, controlador da brasileira TAM e da chilena LAN, apresentou na semana passada os investimentos e mudanças que os aeroportos de Recife, Natal e Fortaleza terão que realizar para serem escolhidos pelo grupo para receber o novo “hub” — terminal de conexões — da holding no Brasil.
O estudo, feito pela consultoria Arup, foi apresentado durante reunião da empresa com representantes das secretarias estaduais dos governos do Rio Grande do Norte, de Pernambuco e do Ceará e autoridades da Secretaria de Aviação Civil (SAC) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Uma das conclusões iniciais da análise indica que os terminais atuais das três cidades envolvidas foram concebidos para operações ponto a ponto, sem características de um "hub" e, portanto, precisariam de adaptações para receber um centro de conexões de voos com as características desejadas pela Latam. De acordo com o estudo, foi estimado que o "hub" movimente, a partir de 2018, 2milhões de passageiros adicionais por ano, em 24 aeronaves operadas diariamente em simultâneo (entre 2,5 mil e 3 mil passageiros na horapico). Em 2038, o número de passageiros deverá chegar a 3,2 milhões por ano, em 36 aeronaves operadas diário e simultaneamente (mais de 4 mil passageiros na horapico).
Baseada nessas projeções de demanda, a capacidade declarada das pistas existentes é atender à demanda prevista para o "hub" do Grupo Latam até 2038. No entanto, o estudo aponta que seria benéfico para todos os agentes envolvidos expandir a capacidade para o padrão internacional de 40 movimentos por hora por meio de melhorias sistêmicas e de procedimentos.
Com as adaptações e os investimentos recomendados pelo estudo, a Arup acredita que os três aeroportos poderiam acomodar os voos e os passageiros estimados, com bom nível de serviço e eficiência, prazo de execução razoável e potencial de expansão de longo prazo. “A partir dos dados trazidos pelo levantamento, continuaremos a avaliar o plano de desenvolvimento de cada um dos aeroportos”, disse a presidente da TAM, Claudia Sender, após o encontro com as autoridades.“Cada um dos aeroportos candidatos no Nordeste do Brasil estará bem posicionado para acomodar os objetivos do 'hub' do Grupo Latam, desde que os investimentos recomendados sejam realizados na expansão e na adaptação da infraestrutura para o centro de conexões”, disse Susan Baer, líder de Aviação para as Américas da Arup.
RECOMENDAÇÕES - Em Fortaleza, a consultoria recomendou a expansão orgânica do terminal existente, com aumento da área de terminal e a construção de um píer em continuidade ao terminal atual. Para Para Recife, a opção apontada foi a construção de um novo terminal do lado da pista oposta ao atual, o que vai requerer a liberação da área hoje ocupada pela base militar. E em Natal, a recomendação foi seguir com a ampliação já prevista no plano diretor do aeroporto, executando a expansão orgânica do terminal, com aumento da área e construção de um píer em continuidade ao atual.
Com essa etapa, a Latam conclui a divulgação dos estudos encomendados a consultorias internacionais para a avaliação de impactos econômico, social e de infraestrutura para a implantação do hub no Nordeste.
CONSULTORIAS INTERNACIONAIS - A avaliação da Arup foi o segundo estudo de uma consultoria internacional encomendado pelo Grupo Latam a ser divulgado. Em setembro, a Oxford Economics apresentou os resultados da avaliação de impactos econômicos e sociais do "hub" Nordeste.
O "hub" está projetado para movimentar durante a primeira fase do desenvolvimento das operações, num período de dois anos, 1,1 milhão de passageiros em voos de longo curso e de 1 milhão a 1,2 milhão de passageiros dentro do Brasil e entre o país e nações vizinhas da América do Sul por ano.(Com informações do Grupo Latam e agencias).
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