Aceso o fogo ancestral que iniciou os jogos |
A poucas horas do começo oficial dos Jogos Mundiais dos Povos Indígenas (JMPI), marcado para amanhã (23), em Palmas, capital do estado do Tocantins, índios de várias etnias se dividem em outras atividades, tanto culturais como esportivas. Às margens do Ribeirão Taquaruçu, há dezenas de índios Pataxós treinando várias modalidades para fazer bonito nos jogos. O objetivo principal do evento é interagir com outras culturas, mas os brasileiros Pataxós querem levar vitórias para a aldeia. O encerramento está previsto para o próximo dia 31. A organização, porém, antecipou para anteontem as partidas de futebol masculino e feminino, os jogos acontecendo nos períodos da tarde e noite. São 20 jogos em três campos diferentes: estádio Nilton Santos, campo do 1º Batalhão da Polícia Militar e na faculdade Ulbra.
As delegações estrangeiras desembarcaram em Tocantins desde o último fim de semana. Etnias da Argentina, Canadá, Estados Unidos, Etiópia e Nova Zelândia e de outras partes do mundo se preparam para as atividades que antecedem a competição.
PATAXÓS - “Como já fomos campeões nacionais em arremesso de lança, arremesso de tacape e futebol, a expectativa é levar alguma vitória”, disse o coordenador-geral dos atletas da etnia, Juari Pataxó. Não há problemas caso a vitória não venha – garante - mas os treinamentos mostraram muita disposição. O cacique Davi Kaiapó ressaltou a necessidade de privacidade em certas atividades, sobretudo na Aldeia Okara, onde as etnias brasileiras estão instaladas.
FESTIVAL CULTURAL - Desde a segunda-feira última, está sendo realizado o Festival Internacional da Cultura Indígena, em que diversos povos do Brasil e do exterior compartilham suas danças, cantos e tradições. O acesso é vedado à imprensa e ao público, para que os indígenas fiquem à vontade, numa grande celebração tribal. Mas hoje, por cerca de 20 minutos, os jornalistas puderam entrar na Oca da Sabedoria.
Um grande espaço coberto reunia diversas culturas. Índios Kayapó, Pataxó, além de bolivianos e canadenses, entre outros, assistiam e faziam performances. Os índios Kuikuro, do Alto Xingu, concentraram todas as atenções com um espetáculo de cantos, danças e cores que arrancou aplausos dos índios de outros países que assistiam à apresentação. (Com a Agencia Brasil).
Nenhum comentário:
Postar um comentário