Iniciamos o artigo desta semana, escrevendo que não é por trabalhar, numa empresa estadual (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Ceará do Ceará (Ematerce), que, há 65 anos, proporciona melhores condições de vida, sobretudo aos agricultores familiares, que afirmamos ainda ser a Agricultura, no Brasil, um tanto negligenciada, a exemplo do Turismo, com raras exceções.
Atentando-se para dados estatísticos, sabemos ser o nosso país, o segundo maior exportador de alimentos do mundo, perdendo, apenas, para os Estados Unidos. Já, em se tratando do Turismo Brasileiro, triste comentar que continua vítima (lamentável) de problemas, em sua infraestrutura de suporte, na mão de obra qualificada, na divulgação em massa dos seus atrativos e na sofrível prestação de serviços aos visitantes, sem falar da exploração ao bolso de quem, anualmente, passa horas de lazer longe do seu torrão-natal ou onde reside. Quanta falta de criatividade e de investimentos vultosos nesse segmento econômico, social e cultural, gerador de empregos e renda e outros benefícios para a sociedade!
Segundo se divulga, o setor Agrícola, no Brasil, contribui com, aproximadamente, 20% do Produto Interno Bruto. E o Turismo, minha gente, qual é o percentual de contribuição? Menos de ¼ do PIB. E vêm-nos à mente a pergunta: por que o Turismo Brasileiro claudica e a Agricultura deslancha? Fácil de concluir e não é necessário possuir formatura, de nível superior, em Turismo ou em Negócios, para responder à indagação retrocitada.
Sem dúvida, trata-se, dentre outros fatores, das constantes mudanças de ministros do Turismo, de presidentes da Embratur e assessores, de não ser prioridade, nas administrações do Governo Federal, de alguns governadores e de prefeitos, da carência de mais divulgação do potencial turístico, Brasil afora e nos mercados emissores de turistas estrangeiros, ou seja, pouco investimento em Marketing e Comunicação, esquecendo-se as iniciativas pública e privada de que Turismo precisa estar sempre em Rede e na Rede. Há, sim, investimentos, porém insuficientes.
E, agora, surge mais uma indagação: se, no Brasil, há um Litoral, estimado em 7.500 quilômetros de belas praias, florestas, como a da Amazônia, climas suportáveis, mares de águas tépidas, no Nordeste, o Pantanal e as Cataratas de Foz do Iguaçu, belezas naturais e artificiais, nas Serras e Sertões, um variado e criativo Artesanato, Gastronomia e Culturas ricas e diversificadas, além de outros atrativos, por que o Brasil é visitado somente por apenas 6,6 milhões de estrangeiros, conforme divulga o Ministério do Turismo e a Embratur?
Em face do pouco que expomos, neste artigo, não mencionando mais deficiências, nas infraestruturas físicas de suporte ao setor, incluindo rodovias federais e estaduais, a Segurança Pública, esta necessitando de maior atenção dos Poderes Públicos, chegamos à conclusão de que o Turismo Brasileiro caminha, a passos de cágado, para o desenvolvimento sustentável, no quesito Turismo, em âmbito nacional, estadual e municipal.
Bem! Chega de lamúria. O importante é que os dirigentes-mor de nosso país se conscientizem de que o Turismo, se praticado, racionalmente, isto é, com vontade política e não com politicalha, com recursos humanos de qualidade, mais recursos financeiros aplicados, (sem desvios de verbas), com atividades planejadas e executadas, pautadas no Profissionalismo, na Ética e na Transparência, em suas menores ações, é evidente, que ocupará uma posição de destaque no “ranking” do Turismo Internacional. O Brasil turístico, desejado pelos brasileiros, galgará um patamar relevante? Pensemos grande em matéria de Turismo Nacional!
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