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sexta-feira, 8 de julho de 2011

CALEIDOSCÓPIO - MANAUS EM TRÊS TEMPOS

Estivemos recentemente em Manaus participando da reunião do Conselho da Abrajet Nacional. Foi um reencontro saudoso com uma cidade que nos prendeu desde a primeira vez em  que lá estivemos. Como jornalista plumitivo, fomos, em setembro de 1947,  à capital dos antigos barés acompanhando a delegação do Fortaleza, então campeão do Nordeste, um timaço em que jogavam craques de primeira, como Jujú, Zé-Sergio, Arrupíado, Jombrega, Stênio, França e Pipiu. Naquele tempo, Manaus ficava “no fim do mundo” . Para se ter idéia, a maior parte delegação do “Tricolor de Aço” viajou de navio (Itanajé) até Belém. Avião, só uma vez por semana.  De lá para Manaus, no gaiola Sobral, que deslizou oito dias sobre o Rio Amazona. Na volta, foi a mesma odisséia,   na chata Vitória até Belém,  em 10 dias, continuando (quatro dias) até Fortaleza, novamente em navio da Ita, se não estamos enganados,  no Itaquicé.  Imaginem, vinte e seis dias somente de viagem, somando em quase dois meses a temporada inteira. O retrospecto serve para dizer que ir à capital amazonense naquele tempo era muito difícil, isolada que era do restante do Brasil a já bonita metrópole. Como evoluímos em relação a transporte! Na ida agora a Manaus  demoramos um pouco mais de três horas. A estada na capital amazonense foi de apenas dois dias, pois os abrajeteanos fomos assistir ao magnífíco Festival de Parintins, a “Ilha Tupinambarana” que realiza o maior e espetacular evento folclórico do mundo. Dois dias proveitosos e de saudosa recordação do nosso “verdor dos anos” na aconchegante e hospitaleira terra manauara. Agora, encontramos uma a metrópole moderna, dinâmica, mas  sempre rica de valores humanos e materiais, sempre afetuosos com os descendentes dos nordestinos que contribuíram para o seu progresso Forte como o Rio Negro em que se espraia, Manaus está no terceiro tempo de evolução. Se teve um apogeu durante o Ciclo da Borracha, do final do século XIX e início do século passado, a grande cidade do Norte que conhecemos voltou disparada  a crescer com a Zona Franca. Todo mundo para lá ia com a finalidade de comprar produtos estrangeiros a preços convidativos. As ruas do Centro, apinhadas de gente. Dinheiro muito rolou e a cidade cresceu em todos os sentidos, principalmente na sua infraestrutura. A população já não mais gravitava entre a Sete de Setembro e a Eduardo Ribeiro. Estendeu-se e modernizou-se  em todos os rumos.  Dinâmica, moderna acresceu à sua economia e cultura (o Teatro Amazonas que o diga) os novos valores comerciais, o novo modo de viver da sociedade. Com o declínio do fascínio da Zona Franca, eis que a cidade mais do que de repente se transforma num  dinâmico centro de negócios, um dos maiores do Pais. Empresas de renome nacional e internacional se estabeleceram no Pólo industrial. Lá se faz tudo em termos de tecnológicos. A japonesa Honda é exemplo do “pool”.   Foi a retomado o progresso. Com os grandes conglomerados industriais, nacionais e estrangeiros, a charmosa Manaus, com os seus mais de  dois milhões de habitantes, hoje é uma destino bastante disputado. Valeu a pena voltar à cidade que tanto nos atraiu em outros tempos, pela hospitalidade, belezas naturais e, sobretudo, a faceirice das bonitas jovens,  colorido especial para os olhos de qualquer cristão ou não cristão.

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