A DOENÇA DO EX-PRESIDENTE
O público brasileiro foi apanhado de surpresa com o
anúncio do grave problema de saúde do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Goste-se
ou não, Lula hoje é uma personalidade
mundial. Pobre, nascido do interior de Pernambuco, foi de “Pau de Arara”, menino,
com a família procurando novos ares, melhoria de vida em São Paulo. De passo em
passo, metalúrgico já, idealista e lutador, entrou firme no movimento sindical
e foi um dos fundadores do PT, com proposta de um Brasil melhor. Privilegiado
por Deus, o Grande Arquiteto, inteligente, astuto, formou-se na escola da
militância política, seja na Rússia, Cuba e outras partes do mundo em que o
socialismo predominou ou predomina.Pelejou até chegar a Presidente da República,
após tentativas seguidas. Demagogo, convincente, fez boa administração em dois
mandatos seguidos. Seu grave defeito, no nosso entender, foi passar a mão por
cima dos “malas”, não dar um basta nestes seus colegas de agremiação, de
coligação ou apadrinhados outros, aqueles que se desviaram de uma conduta
ilibada, como previa o seu Partido, praticando claros ilícitos, prevaricando.
Dizemos isto porque é a realidade, no nosso ponto de vista. Carismático,
ousado, Lula fez o Brasil conhecido e até respeitado entre as nações mundiais.
Uma figura ímpar, controversa. Torcemos e oramos para que ele, mais uma vez,
saia vitorioso nesta batalha da vida. Este
desejo é de quem nunca nele votou e possivelmente não votará, de quem
entende que o ex-metalúrgico ainda tem muito que oferecer à política
brasileira.
MOBILIDADE URBANA, NOVAMENTE
Em razão da gravidade do problema, voltamos a tecer
algumas considerações sobre a vida do povo nas grandes cidades, em relação ao
seu ir e vir. Longe de sermos especializados, as nossas idéias refletem apenas
a visão de quem, no dia a dia, observa que fica cada vez mais difícil não se
ter alguma raiva por causa do caos da mobilidade nos grandes centros urbanos. Veículos particulares em excesso e públicos de
qualidade pouco existentes; engarrafamentos quilométricos com a chegada de
milhares de carros novos todos os meses; estacionamentos em calçadas ou em
lugares proibidos ou pagos sem uma estrutura adequada; calçadas irregulares;
ruas e avenidas com pisos entre regulares e ruins; sinalização de trânsito
muito deixando a desejar, muitas vezes com sinais de menos de cem metros de um
para o outro; quase ausência de viadutos e túneis. Este não é só o retrato de
Fortaleza. Mas de quase todas as capitais brasileiras. O que fazer para
contornar tantos problemas? Os engenheiros de trânsito e arquitetos
especializados, as autoridades administrativas e vereadores têm suas idéias.
Agora mesmo, a Câmara Municipal, pelo seu presidente, com o Fórum Viva
Fortaleza, está empenhada em procurar caminhos para adequar o nosso Centro
Histórico a um ir e vir sem os transtornos atuais. É no mínimo uma iniciativa
louvável, mas que deveria ser o primeiro passo para outras ações em zonas estranguladas como,
entre tantas, as avenidas Santos Dumont, Washington Soares, Murilo Borges
e Padre Antônio Tomaz. Aqui, uma
sugestão de um leigo visionário. Por que
os prefeitos de agora e do futuro, com verdadeiro espírito público, não
se comprometem em alargar as estreitas ruas Padre Valdevino, Costa Barros,
Barão do Rio Branco e Tibúrcio Cavalcante?
Também não criam mecanismos para a construção de edifícios –garagem no
centro e nos outros pontos de
concentração? Tarefa cara, é, mas viável, desde que houvesse planejamento e
compromisso de que cada prefeito de agora em diante assumisse a sua parte,
deixando para o seguinte a continuação da tarefa. É pensamento de jerico?
Talvez seja, mas burro não somos para entender que tudo ficaria melhor se, de
fato, houvesse honesto compromisso político.
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