DESASTRES, OS BRASILEIROS E AS LEIS
Nos últimos dias, a mídia nacional está mostrando à larga os estragos que os milhares de acidentes de trânsito vêm causando, com mortes e seqüelas graves nas vitimas, afora o prejuízo irreparável para as famílias dos envolvidos e também para o erário . Dia a dia, mês a mais, nas estradas e nas cidades acontecem pavorosos acidentes no trânsito, quase todos fruto da irresponsabilidade de motoristas que são vitimas ou fazem vitimas e nunca se pejaram de agredir as leis, guiando sob efeitos do álcool e praticando os maiores desatinos nas estradas. O fato se tornou calamidade pública. O desrespeito às leis do trânsito é tão alarmante que as autoridades, “agora”, caíram na real e estão alarmadas com as conseqüências dos trágicos desastres. O Supremo Tribunal Federal decidiu que motorista dirigir havendo tomado bebida alcoólica, não importa se abalroou ou matou, comete ilícito penal. Também autoridades outras, entre os quais parlamentares, diante do alarmante número de problemas de trânsito, movimentam-se para encontrar uma saída que dê um basta ou pelo menos minimize ao máximo fatos tão dolorosos. Não acreditamos muito na eficácia de soluções a curto prazo. É da mentalidade do brasileiro não cumprir leis, pois sabe que sempre se dará um jeitinho e o faltoso no fim das contas não paga exemplarmente pela sua irresponsabilidade. Principalmente com o faltoso que tem “costas largas”, é “autoridade” ou tem dinheiro e posição social de destaque. Na impunidade está o caminho maior da sustentação da sua irresponsabilidade, de não levar muito a sério o cumprimento da lei, da cidadania. Daí dirigir alcoolizado, não respeitar sinais de trânsito; estacionar veículo em locais proibidos, em cima das calçadas forçando o pedestre a se arriscar para continuar sua viagem; falar ao telefone na hora que dirige (parece que é charmoso); não respeitar filas, nem tampouco o direito das gestantes, dos idosos e das crianças. É certo um bonitão ou bonitona chegar aos caixas eletrônicos e realizar oito, dez operações de pagamento sem levar em consideração que outras pessoas ali se encontram também para resolver seus problemas? Ah!, meu Deus, quanto egoísmo, quanta falta de prática da verdadeira cidadania! Não somos palmatória do mundo, nem nos isentamos do vício de, em algum momento, também cometermos imperdoáveis deslizes, baseados em maus exemplos. Mas, afirmamos com convicção, após estes momentos a consciência no dói e tentamos nos policiar para não cair na rotina dos demais semelhantes. Entendemos que dificilmente as leis de agora ou que possam vir levem os brasileiros desta nossa geração ao cumprimento das normas legais, aos sagrados deveres de cidadania. Entendemos que só com uma educação de base, começando por uma família ajustada e depois pela escola, o quadro atual se modificará para melhor. Por que não voltar às escolas o ensino obrigatório dos bons costumes, das etiquetas, do cumprimento das leis? Uma disciplina tipo Moral e Cívica, totalmente desprovida de qualquer viés político-ideológico? Será que os dirigentes de hoje querem realmente isto?
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