MEDO, MUITO MEDO
Momentos ingratos. A população brasileira acha-se acuada, apavorada, com muito medo mesmo. Para onde vamos? Os marginais dos assaltos, de toda espécie, de crimes contra pessoas e também do erário dominam o País, da capital da República ao menor distrito. Não há segurança quando se está em casa, nas ruas, nos bancos , principalmente. Bem articulados, sob um comando invisível, mas poderoso, os ladrões não respeitam mais nem a polícia, pois assaltam quando querem as delegacias, roubam armas, soltam presos e agem com violência para atingir os seus inconfessáveis objetivos. Risco maior quando se precisa utilizar os serviços bancários. Os “donos do pedaço” sabem quem vai sacar e assaltam sem dó nem piedade. Amedrontam, matam no maior vacilo. Segurança, coitados dos seguranças de bancos, vítimas quase sempre da ausência dos meios precisos para exercer suas funções de combater o crime. Os bancos, é patente, não oferecem a desejada proteção aos clientes, nem aos seus funcionários. A coisa está feia. O desalento e a revolta são ainda maior quando se trata dos ladrões dos cofres públicos encastelados nas esferas do poder. Corporativos, sangram o dinheiro do povo de forma sofisticada e até grosseira. Enriquecem de uma hora para outra na quase certeza da impunidade. As investigações, as comissões de inquérito, os espetáculos dos depoimentos dos acusados, pelos menos até agora, são bons espetáculos circenses. Não nos lembramos de que nenhum acusado esteja pagando pelos delitos cometidos. Será que agora, nesta Comissão de Inquérito sobre o tal Cachoeira e sua teia, quando estão nomeados governadores e “laranjas” de muitos sítios, teremos um final positivo, com a punição, punição mesmo, dos culpados? E se o homem abrir a boca e falar tudo que sabe, indicar todas as suas companhias? Esta hipótese certamente não acontecerá, pelo óbvio. Uma cousa é certa e concordamos com veterano e combativo jornalista Hélio Fernandes: a população brasileira, os eleitores, somos os grandes culpados pelo que vem acontecendo. Até agora, de fato, a quase totalidade da massa que vai às urnas vem escolhendo muito mal os seus governantes. Ilude-se pelo prato de lentilha, até pela amizade, mesmo conhecendo o passado dos amigos e dos escolhidos para o seu voto. Eleitores do meu Brasil, “quo vadis” ?
Sobre nosso último “Caleidoscópio”, recebemos do amigo e confrade Antônio Calábria o seguinte:
“José Carlos, a propósito de seu editorial na última edição do Rota do Sol, apresento minha solidariedade no que diz respeito ao desrespeito dos Correios com seus usuários, principalmente do Sedex, serviço que já foi padrão e hoje não passa de um Conto do Vigário, uma enganação para faturar. Tenho tido tristes experiências com a Revista Rota Viva enviada por esse meio. Só funciona, mesmo assim nem sempre, entre capitais de Sul e Sudeste, deixando de lado o Nordeste e outras regiões. Para se ter ideia - e para comprovar, basta rastrear, um objeto postado em João Pessoa para São Luís vai a Recife, de Recife vai a - pasme - São Paulo e de São Paulo é que é enviado para São Luís, num prazo total nunca inferior a uma semana. A correspondência simples com um preço infinitamente menor vai em 3 dias. Mas esse problema é do monopólio que é exercido pelos Correios. Como não há concorrência, podem fazer o que bem entendem que não são incomodados. E como no Brasil há o costume de não se recorrer à Justiça, em parte por comodismo e em grande parte por ineficiência, ficamos entregues aos desmandos de órgãos decadentes como esses, que por incrível que pareça já foram exemplo de eficiência. É mais um que se sucateia depois de ser aparelhado pelo PT.Abração.Antonio Calabria - Editor Revista Rota Viva”
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