Antonio José * |
Satisfaz-nos constatar que a vinda, em massa, de visitantes às plagas alencarinas não mais ocorre, de forma espontânea e sim fruto das promoções (divulgação do nosso potencial turístico) nas regiões Sul e Sudeste, sem falar da participação em eventos dentro e fora do Brasil (feiras, congressos, seminários, exposições etc.).
O Estado do Ceará, realmente, tornou-se, depois da Bahia, o maior polo receptor de turistas da região nordestina. É o Estado preferido pelas pessoas do Sul e do Centro-Sul, quando pesquisados a respeito de locais, para desfrutarem suas férias, principalmente nos meses de julho e janeiro.
Belas praias e paisagens serranas (incluamos as dos sertões) existem em abundância por aí afora. Agora, o chamariz, para nossos atrativos naturais e artificiais, deve-se, sobretudo, ao calor humano e à hospitalidade do povo cearense. Ímpar a maneira como os cearenses tratam os visitantes! O reconhecimento é deles. Admiram a descontração da população cearense e seu “modus-vivendi”, embora que morem num Estado pobre.
Mas, o diferencial deve ocorrer nos preços dos produtos turísticos, na hospedagem com diárias competitivas, nos ingressos para diversões, na alimentação, nas peças artesanais, nas obras de arte, tudo isso com preços abaixo de outros mercados turísticos. Infelizmente, continuamos a explorar os turistas, quando o correto – repetimos sempre esta opinião – é explorar o turismo com profissionalismo.
Bem! Vamos tocar na mesma tecla: continuamos pecando na prestação de serviços aos turistas e aos conterrâneos. Há exceções, claro, todavia os justos pagam pelos pecadores. Sempre é assim, quando poucos trabalham de maneira profissional e pautados nos princípios éticos. E como os inescrupulosos ferem a ética!
Não vale a justificativa de que turista é explorado no mundo inteiro. Mas, não vamos imitar o que é errado, desumano e nocivo ao desenvolvimento do turismo sustentável. A Bahia pagou caro pela imbecilidade de julgar que turista possui muito dinheiro e é para ser explorado mesmo. Ledo engano! Explora-se uma, duas, três vezes, porém ninguém é tolo, para ser explorado a vida toda. Neste caso, os explorados procuram outros polos turísticos, os quais não recorrem a este abominável procedimento.
Ainda sobre o assunto da má prestação de serviços, as aberrações ocorrem, com mais frequência, nas cidades interioranas, onde quase não se realizam treinamentos, destinados à mão de obra ociosa.
A nosso ver, é preciso treinar... treinar... treinar as pessoas, que estão ou vão entrar neste segmento econômico, visando à satisfação dos turistas. Afinal, temos a obrigação de agradar aos turistas, caso queiramos que retornem, amiudemente, ao nosso Estado. Vai bem o Ceará no Turismo e a tendência é melhorar com o funcionamento do recém-inaugurado Centro de Eventos, inaugurado, pomposamente, com a presença do internacional tenor Plácido Domingo.
*Diretor Social da Abrajet-Ceará
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