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quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

CALEIDOSCÓPIO - CARNAVAL E GASTOS PÚBLICOS / DESPREZO AO USUÁRIO, AO CONSUMIDOR

CARNAVAL E GASTOS PÚBLICOS

Até entendemos e é justificável que alguns municípios brasileiros reservem verbas para serem gastos nas promoções carnavalescas. As maiores referências do Brasil em termos de Carnaval são, sem dúvida, Rio de Janeiro, Recife, São Paulo e Salvador. Cada um com sua característica deseja apresentar-se mais atraente, com mais novidades não apenas para satisfazer suas populações mas principalmente para atrair maior número de turistas. Com isto, “matam” dois coelhos com uma cacetada só: agradam o seu povo e aumentam ano a ano o número de visitantes que desejam sobretudo intensos momentos de alegria e satisfação. E turista é sinal de arrecadação, pois os meios de hospedagem ficam lotados, os restaurantes idem, enfim dinheiro de fora aumenta a arrecadação do erário, justificando o que foi dispendido nos preparativos para o Carnaval. Entende-se também que cidades outras, como Fortaleza e São Luís do Maranhão também gastem com  promoções carnavalescas, pois já são atrações turísticas, desejam hiatos de alegria para o seu povo e também querem afirmar-se como  referências em quadra tão propícia.  Incompreensível, porém, é que prefeitos de municípios pobres, carentes de básicos serviços de saúde, educação,   moradia e até de água para consumo humano nesta seca braba que atravessamos queiram promover festas carnavalescas. É muita insensibilidade e falta de espírito público. Razão, pois, têm promotores de justiça de usar os meios de que dispõem para impedir que tais abusos aconteçam. Não se deve falar em corda na casa de enforcado. Sensato será que os prefeitos de municípios carentes, principalmente os afetados pela seca, pensem melhor. Se têm alguma verba à disposição,  que gastem com o imprescindível para o seu povo. As eleições estão aí. 

DESPREZO AO USUÁRIO, AO CONSUMIDOR

Eita como está cada vez mais difícil viver normalmente no nosso Brasil. Não bastasse o medo que está assumindo caráter de quase fobia, em face da ação dos marginais de toda espécie, assaltantes audaciosos de menor e maior idade, outras formas de atormentar a vida do cidadão  - usuários, consumidores de serviços públicos ou particulares, se repetem no dia a dia. Os avanços tecnológicos são de capital importância na vida moderna. Mas os abusos dos descarados estão infernizando a vida de todos nós. Com a desculpa da racionalização da prestação de serviços,  são emitidos via internet ou telefone recibos de cobrança  ou outras informações importantes, desprezando as notificações anteriores, enviadas via Correios. Os bancos públicos ou particulares, que têm lucros fabulosos todos os anos, espalharam caixas eletrônicos por toda a parte, mas cobram taxas pelo serviço prestado, além de não oferecerem maior segurança aos usuários. As empresas de telefonia estão na linha de frente na falta de respeito, Prestam  um serviço de péssima qualidade e fica por isso mesmo. São ligações que não se completam e outras cositas mais. Como é paulificante ouvir aquela voz dizer  “este número não existe”. E para o mesmo número, logo em seguida, é estabelecido o contato. E as Tvs por assinatura que deviam melhor atender aos seus clientes? Na semana passada, por duas vezes pelo menos, canais da responsabilidade da Multiplay ficaram fora do ar na minha casa. Telefonei para saber o que estava havendo. Inútil  insistência. A voz da gravação, após solicitar a identificação pelo CPF, informava para acionar no número x a fim de sermos atendidos. Insistentemente acionamos o tal número 7, a fim de falar com um atendente. Tal não acontecia e então a vozinha cavernosa repetia telefonar para o 8, a fim de voltar à fase anterior. Depois de mais algumas tentativas ,  desistimos. E somente pouco antes das dez da noite tudo voltou à normalidade. Que fazer? Mudar para outra prestadora de serviço? É isto mesmo, nestes tempos difíceis. Não há o que fazer, pois as tais  Agências Reguladoras do Governo são omissas na fiscalização efetiva. O jeito é apelar para papai do céu...

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