VISÃO EQUIVOCADA
Cremos que não há um só cidadão ou cidadã que não esteja apavorado com a situação que nos encontramos no dia a dia. Não bastassem a insegurança que nos vinham afligindo, os assaltos até dentro do próprio lar, os homicídios por pouco mais ou nada, as drogas campeando por toda parte, razão maior de todas as mazelas, as greves legítimas mas deturpadas pela infiltração de marginais, de um ano para cá (não sabemos por interesse de quem) a situação piorou por conta da realização da Copa do Mundo de Futebol. Protestos e mais protestos perturbando a vida da cidade, principalmente das camadas mais necessitadas e que ganha o pão com o suor do trabalho. Estão amedrontando com passeatas inconsequentes, desafiadoramente afirmando que não haverá Copa, pois o dinheiro gasto deveria ter sido empregado, por exemplo, em educação e saúde. Balela. Por que não realizaram os protestos quando houve o anúncio de que o evento seria no Brasil? Os baderneiros aproveitam- se de movimentos de classes trabalhadoras para entrar em ação e saquear estabelecimentos comerciais, depredar bens públicos e particulares, enfim criar o caos. Diante de tempos de tanto pânico, é natural que pessoas de bem e conceituadas usem os meios de comunicação para pronunciamentos, oferecendo sugestões. É sobre um destes comentários, que desejamos, agora, no reportar. Num jornal de grande porte da cidade, conceituado advogado deu seu ponto de vista sobre a realização do evento da Fifa, afirmando “Um país carente de direitos básicos não possui o poder para disciplinar, voluntariamente, os seus filhos para se submeter aos deveres, efêmeros, para privilegiar um grande negócio de poucos, usando o fanatismo altruísta de muitos”. Até aí, tudo bem, respeitamos o seu modo de raciocinar. Continua: “Mesmo que o argumento seja da falsa abertura de divisas turísticas ou econômicas, a conversa é fiada. Esse papo furado não funciona. O TURISMO BRASILEIRO É SEXUAL, ECOLÓGICO OU FOLCLÓRICO, INFELIZMENTE, AINDA”. Aí está a pérola que, no nosso ponto de vista e dos que lutam pela afirmação cada vez maior do turismo brasileiro, é distorcida, equivocada. Certamente o ilustre causídico é de nomeada na profissão que exerce. Contudo, parece que não enxergou ser o turismo coisa séria, projeta o País e exerce posição de destaque no PIB, sobretudo combate o bom combate, inclusive sendo radicalmente contrário a qualquer tipo de exploração, principalmente de crianças e adolescentes. Ele projeta nossa bela natureza, destaca a cultura e envolve uma imensa cadeia produtiva. Por amor de Deus, onde, no mundo, principalmente na Europa e Oriente, não há marginais explorando vítimas indefesas na prática de turismo sexual, ao arrepio da lei? Um problema de polícia e até de Estado até agora não possível de solução. Portanto, o articulista deve ser bom na profissão que exerce, mas, parece, não está bem enfronhado nos meandros da política do turismo brasileiro.
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