CENTENÁRIO GLORIOSO
Sinto-me à vontade para enaltecer o centenário de glórias do Ceará Sporting Club, criado no dia 2 de junho de 1914. Quem me conhece sabe que sou torcedor ardoroso do “Fortaleza”, o time de” glórias e tradições” do futebol cearense. Isto porém não me inibe de exaltar a vitoriosa trajetória do “Vovô”, não apenas por aqui, mas no cenário nacional. Cem anos não são cem dias. Pois durante todo este tempo o “alvinegro” foi altivo, conquistou grandes vitórias e projetou o nome do futebol cearense. Em meio, pois, de tão bonita data, não seria razoável deixar de registrar que o centenário aniversariante é merecedor do total reconhecimento dos cearenses por tudo que já conquistou. No momento, apenas a estranheza de que, como diz o competente e consequente Tom Barros, o jogador Gildo foi o maior ídolo do Ceará “de todos os tempos”. Certamente o Tom se empolgou pela brilhante contribuição dada pelo renomado Gildo nos seus melhores tempos de futebol, anos l960, até com gols decisivos para conquista de campeonatos. Mesmo com seu abalizado conhecimento, certamente esqueceu que, em outras épocas, o “Ceará” possuiu também consagrados ídolos. Gotardo, Farnum, Aníbal, França, Mozar, Alexandre, Damasceno e a “endiabrada” ala esquerda Hermenegildo e Mitotônio foram também os maiores em décadas passadas. Para verificar, é só rever os jornais de “antigamente”. Aliás, Mitotônio, que jogou pelo “Ceará” nos anos 40/50, foi tido também como “o maior de todos tempos”. Morreu quase em campo jogando pelo “alvinegro”, após uma “cabeçada”, numa tarde de 1951(?). Levado ao Pronto Socorro, logo faleceu. Teve até dependências com o seu nome. Mas os tempos passam...Falo do que sei e vivi, a partir de 1940, quando joguei pelos vitoriosos infantis do Maguari e do Ceará, passei pelos quadros principais do “Flamengo”, do “Penarol” e do próprio “Ceará”. Eu era jogador apenas regular, baixinho, mas com vigor para correr e “dimblar”. A partir de 1945, acompanhei com olhos mais atentos os jogos de futebol, um “doublé” de cronista esportivo e jogador. Com isto quero afirmar que, nestes meus 88 anos, ainda sou atento ao que se passa no nosso cenário esportivo. Posso dizer e reafirmar que Gildo foi um excepcional jogador, ídolo de sua época e cidadão de bem que hoje é. Mas tenho fortes dúvidas para reconhecê-lo como “o maior de todos os tempos”, no “Ceará”.
DEUS É MESMO BRASILEIRO?
Jamais, na história deste país, vimos tanta intranquilidade. Não bastasse a insegurança generalizada, quando não se está em paz no próprio lar com medo de assaltantes. De um ano para cá estamos presenciado movimentos inusitados, no início com a população saindo às ruas para, legitimamente, chamar a atenção e protestar. Logo, vândalos, nefastos “blackboys” e gente manipulada não sabemos por quem se infiltraram nas pacíficas passeatas e passaram a quebrar o patrimônio público e privado, deixando as cidades em polvorosa. E a polícia, entre um quente e dois fervendo. Provocada ou não, vezes sem conta age desastradamente diante de situações diversas, em razão do mal preparo de integrantes. Mas há situações em que sua ação se faz necessária com mais firmeza. Mesmo aí, metem o pau. Nos tempos em que estamos passando, tempos de Copa do Mundo de Futebol, qual a ação imparcial das autoridades e do registro da mídia em face de tantos perturbadores acontecimentos? Será justo por qualquer razão parar transportes, prejudicando principalmente a população trabalhadora indefesa.? Será o caos previsto por um inconsequente a ser instalado no mês dos jogos da FIFA? Acreditamos que tal não ocorrerá, pois medidas sérias dos governos estão aí. De qualquer forma, é acreditar que Deus é mesmo brasileiro e nos protegerá em dias tão difíceis. Aparentemente, nos tem esquecido. Contudo, cremos, na hora certa Ele voltará a jogar do nosso lado.
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