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sexta-feira, 6 de junho de 2014

EFETIVO - 157 MIL PESSOAS ESTARÃO TRABALHANDO

Os ministros da Defesa, Celso Amorim, e da Justiça, José Eduardo Cardozo, detalharam, na sexta-feira (23.05), em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, o plano operacional de segurança para a Copa do Mundo. Serão 157 mil homens e mulheres das Forças Armadas e das forças de segurança pública em um trabalho integrado por centros de comandos espalhados pelas doze cidades-sede. Os dois ministros foram unânimes ao destacar como principal legado da preparação para o mundial a integração entre as diversas forças de segurança do país. 
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, anunciou os equipamentos que estão sendo comprados e repassados aos estados, como os centros de comando e controle regionais, plataformas de observação elevada, imageador aéreo, desencarcerador, comandos móveis, entre outros. 
Celso Amorim lembrou que o planejamento de segurança para Copa do Mundo vem desde o momento em que o Brasil foi escolhido como sede do torneio, com observadores militares em grandes eventos e também com a realização de outros eventos no país, caso da Copa das Confederações e da conferência Rio +20. Segundo o ministro, são dez eixos de atuações das Forças Armadas, incluindo controle do espaço aéreo, defesa marítima, cibernética e fiscalização de explosivos. Haverá um comando nacional e outras 12 Coordenações de Defesa de Área. Serão mobilizados 24 aviões supertucanos, dez caças F5, três aviões-radares, 11 helicópteros, além de 29 aeronaves de apoio, apoio de operação ou logistico.
Também farão parte da defesa na Copa, quatro fragatas, uma corveta, 21 navios patrulhas, 12 navios de desembarque e 183 lanchas. Sobre efetivo, serão 57 mil homens e mulheres, incluindo 35 mil do Exército, 13 mil da Marinha e outros 9 mil da Força Área. Na área de segurança pública serão, segundo Cardozo, outros 100 mil profissionais, incluindo forças federais, estaduais e municipais.
MANIFESTAÇÕES – O ministro Eduardo Cardozo afirmou que as forças de segurança estão preparadas para qualquer situação, e lembrou que, durante a Copa das Confederações, mesmo com as manifestações em junho de 2013, nenhum jogo foi afetado, sem atrasos ou incidentes graves. Ele ainda afirmou que serão garantidas as manifestações democráticas que ocorram sem abusos. 
COMANDO E CONTROLE NACIONAL - Uma sala de 438 m², com 56 monitores integrados e 300 profissionais trabalhando em regime de escala, ao longo das 24 horas dos sete dias da semana. É com essa estrutura que funciona a área de operações do Centro Integrado de Comando e Controle Nacional (CICCN), na sede do Departamento de Polícia Rodoviária Federal, em Brasília. A função é coordenar e acompanhar as ações de segurança durante a Copa do Mundo, que começam a operar de forma integrada nesta sexta-feira (23.05).
Subordinado à Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça (Sesge/MJ), o CICCN é o coração de uma estrutura distribuída pelas 12 cidades-sede. Em cada capital, funciona um Centro Integrado de Comando e Controle Regional. O Rio de Janeiro abriga também o Centro Integrado de Comando e Controle Alternativo, de prontidão em caso de indisponibilidade do primeiro. E Brasília é o local de operação do Centro de Cooperação Policial Internacional (veja quadro).
O CICCN opera desde 13 de junho de 2012, ligado aos centros regionais dos estados que receberam a Copa das Confederações: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Minas Gerais, Pernambuco e Rio de Janeiro. O painel formado pelos 56 monitores integrados está conectado com câmeras, mapas e ferramentas de comunicação das 12 sedes da Copa e dos locais de treinamento, enviadas por 27 centros de comando e controle móveis e 36 plataformas de observação elevada. A comunicação com os outros centros é realizada por meio de sistemas de informática e links especialmente desenvolvidos para a atividade.
EQUIPE MULTIDISCIPLINAR - Entre os operadores de segurança pública que trabalham no local estão integrantes das policiais Civil, Federal, Militar e Rodoviária Federal, além de servidores da Agência Brasileira de Inteligência, do Ministério da Defesa e de órgãos de trânsito. Profissionais do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), da Força Nacional e bombeiros militares também figuram na lista.
LEGADO - O alto investimento não será em vão. O CICCN e os centros regionais continuarão a atender a população brasileira após a Copa do Mundo. O primeiro permanecerá a cargo da União, mas a destinação ainda não foi definida. Os demais serão responsabilidade das secretarias de segurança pública distrital e estaduais. Segundo informações da Sesge, a existência de um centro de comando e controle em uma cidade diminui o tempo de atendimento de uma ocorrência policial ou de emergência.
PROTEÇÃO NO ESPAÇO AÉREO - Cerca de 12,7  mil militares, 77 aeronaves e apoio logístico sólido formam a estrutura responsável por garantir a fluidez do tráfego e a segurança do espaço aéreo do Brasil durante a Copa do Mundo. Com um esquema especial que inclui delimitação de áreas de restrição nas proximidades dos 12 estádios e policiamento aéreo, a Força Aérea Brasileira (FAB) está preparada para o Mundial.
ESQUEMA PARA  FORTALEZA - Mais de 3 mil homens das Forças Armadas já  iniciaram as operações de segurança em Fortaleza para a Copa do Mundo da FIFA 2014. Ao todo, 42 pontos considerados estratégicos serão monitorados por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, incluindo o Aeroporto Internacional Pinto Martins, o Porto do Mucuripe e as estações elétrica e de tratamento de água, além de pontos de telecomunicações da cidade. Fortaleza receberá seis jogos do mundial - quatro na primeira fase, uma partida das oitavas-de-final e outra das quartas-de-final.
De acordo com a 10ª Região Militar, a segurança em Fortaleza terá o reforço de homens deslocados do Maranhão, Piauí, Pernambuco, Goiás, Distrito Federal, Paraíba e Rio de Janeiro. O esquema é semelhante ao utilizado no ano passado durante a Copa das Confederações. 

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