NÃO É POR AÍ
No último domingo, em mais de duas centenas de cidades brasileiras, grandes e pequenas, o povo brasileiro foi às ruas e praças protestar contra o governo de Dilma Rousseff, em razão da inflação que consome a vida principalmente da população mais pobre; do alto índice de desemprego e, sobretudo, da corrupção generalizada inclusive já apontada no Mensalão e agora na Operação Lava-Jatos. Ontem, também os que apoiam a Presidente foram às ruas e praças defendendo a sua administração, sem contudo deixarem de se mostrar contrários a medidas prejudiciais aos trabalhadores e às classes mais pobres. É justo protestar-se contra os gastos públicos excessivos, ocasionados por uma política governamental equivocada, por excesso de ministérios e outras distorções. Nada mais compreensível do que os atos ocorressem, pois estamos numa democracia plena. É um direito da população dizer e exigir correção do que vem acontecendo e de muitas das medidas adotadas pelo governo para correção de rumo. Passeatas e concentrações são atos que indicam o grau de democracia em que vivemos, contanto que não extrapolem para os excessos, com depredação de bens públicos e particulares. Isto passa a ser vandalismo, crime. Contudo, não é aceitável que uma massa até significativa, com mensagens e gritos de guerra, “exijam” o impeachement da Presidente e até a volta do regime de exceção que reinou até pouco tempo atrás. Até agora, não há motivo legal para pedir a saída da presidente Dilma. Quando houver e se houver, justificado pela Constituição do País, aí sim estarão os manifestantes exercendo o exercício da democracia plena. Poderão até dizer que o Tribunal de Contas da União encontrou “pedaladas” nas contas de exercício passado. Mas até agora o TCU não concluiu o seu parecer. Assim mesmo, quando oficialmente manifestar-se, é o Congresso Nacional que dará a palavra final. Antes disto, achamos ato extemporâneo qualquer pedido de afastamento da presidente ou de qualquer outra autoridade. Quando a Justiça ou o Congresso tiverem dado sua palavra final, aí sim o povo pode protestar. Nem as cabeças realmente pensantes da oposição ao governo, as que não radicalizam, concordam até agora com afastamento de Dilma Rousseff. Fora da Lei, nada a fazer.
EXTINÇÃO DE MINISTÉRIOS
Onde há fumaça, há fogo, diz velho adágio popular. Circula que, diante do imperioso corte nos gastos públicos, uma das razões porque o Brasil atravessa talvez a mais grave crise de todos os tempos, especula-se que o Governo Dilma irá extinguir muitos dos ministérios, neles incluídos o do Turismo. Na realidade, talvez tenhamos no mundo o maior número de ministérios para auxiliar diretamente um chefe de governo na condução do País. São nada menos do que 38 no nosso caso, grande parte deles desnecessários, pois deveriam está atrelados a outros existentes que já tratam do assunto. Grande parte deles na verdade foi criado não por imperiosa necessidade mas para satisfazer partidos aliados da base política da Presidente. Haja oportunidade para “empregar” gente muitas vezes incompetente e até com desvios de conduta. Assim, a extinção de ministérios, aplaudida pela população, é imperiosa necessidade. Contudo, como se especula, extinguir o Ministério do Turismo pensmos que é insensatez. Não obstante a torcida de nariz de gente até esclarecida, é preciso avaliar que turismo em todo o mundo é uma das prioridades, pois é ele um segmento que contribui para melhorar e até ser a única fonte de sustentação do equilíbrio financeiro. Portugal de agora é o exemplo.
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