O ESQUECIDO E INOPERANTE CONSELHO ESTADUAL DO TURISMO

Antonio Jose de Oliveira

Causou-nos espanto e, ao mesmo tempo, um pouco de revolta, saber que o Conselho Estadual de Turismo do Ceará, há muitos meses, não funciona, quebrando, assim, seu compromisso e a missão de revitalizar as atividades do setor, no Ceará, sobretudo, em Fortaleza, quando de sua criação e lançamento na presença de vários representantes da comunidade turística (melhor do que “trade”) cearense e, em especial, fortalezense.

Sempre defendemos, porém sem ser a “palmatória do mundo”, que, em qualquer tipo de atividade, a Ética, o Profissionalismo e a Transparência devem estar presentes, mormente na iniciativa pública. Dito isso, torcemos para alguém nos dizer, sem polemizar, qual o motivo desse Conselho, tão necessário e importante para o desenvolvimento sustentável do Turismo, em nosso Estado, estar desativado e ninguém tentar reativá-lo e, depois, revitalizá-lo com inovações em suas iniciativas.

Não entendemos que o Conselho Municipal do Turismo funcione, embora necessite ser mais atuante, e o do Estado, com maior abrangência, esteja relegado e esquecido, principalmente, por gestores e empresários, ligados, direta e indiretamente, a esse segmento econômico, gerador de empregos, divisas (renda), sem falar dos benefícios sociais, políticos, religiosos e culturais, que proporciona à humanidade dos cinco continentes e, dentre eles, a integração dos povos.

Conversando com o amigo e colega de profissão, veterano jornalista José Carlos de Araújo , diretor-presidente do jornal Rota do Sol Turismo, tocamos no retrocitado assunto. Ele está perplexo também com a inatividade do Conselho Estadual de Turismo do Ceará em plagas alencarinas. Quanto a nós, difícil compreender e aceitar essa esdrúxula situação, se, em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia, Pernambuco e outros Estados, os Conselhos funcionam bem e, em Fortaleza, o segundo polo receptivo do Nordeste (Temos dúvidas), não está nem aí para o desejado e pleno funcionamento do Conselho Estadual do Turismo.

Agora, como perguntar não ofende, vamos lá: o que causa a falta de interesse da iniciativa pública, por exemplo, Secretaria do Turismo do Ceará (Setur), Secretaria Estadual da Cultura (Secult) e de empresários que ganham muito dinheiro e fama (presença constante na mídia e nos eventos, inclusive internacionais,  à custa das atividades desse segmento, que impacta mais de 50 atividades?

Como o espaço é limitado, encerramos este artigo com uma solicitação-sugestão:  os presidentes da Abav-Ceará, da Abih-Ceará, do Sindtur-Ceará, do Convention&Bureau (Visite o Ceará), da Abrasel-Ceará, da Abrajet-Ceará, para citar algumas entidades, devem marcar uma reunião com o secretário estadual do Turismo do Ceará, Arquiteto Arialdo Pinho, profissional sério, que entende de atividades turísticas (foi sócio-minoritário do maior e bem-sucedido empreendimento turístico particular do Brasil, na orla marítima, o complexo Beach Park  e secretário estadual da Casa Civil, nos oito anos de mandato do ex-governador Cid Gomes, que muito investiu na divulgação dos atrativos e na infraestrutura de suporte ao turismo, no Estado, como o Centro de Eventos do Ceará, o maior e moderno da América Latina.

A nosso ver, o que não deve continuar é a inoperância do criado Conselho Estadual do Turismo do Ceará, com vários representantes qualificados da comunidade turística, feito um “elefante branco”, ou como “peito de homem”, que só serve para enfeitar o corpo e não ter qualquer serventia. Vamos la, minha gente! Tudo pelo desenvolvimento sustentável do Turismo cearense, porém – repetimos – com vontade política, profissionalismo, nas menores ações, transparência e com base nos princípios éticos e morais. Eis o nosso recado!

Antonio José de Oliveira

Vice-presidente da Abrajet-Ceará