Pesquisar este blog

segunda-feira, 21 de março de 2016

CALEIDOSCÓPIO - AONDE VAMOS CHEGAR?

AONDE VAMOS CHEGAR?
Estamos atordoados. Para escrever estas mal traçadas linhas, no comentário semanal do “Newsletter Rota do Sol”, temos procurado, nos últimos tempos, assuntos leves, agradáveis para transmitir ao nosso pequeno mundo de leitores. Como sente a população, está difícil encontrar um fato realmente prazeroso para o povão, tais as ondas maléficas que vêm transtornando a vida do brasileiro nos últimos tempos. Na economia e finanças, as notícias diárias são cada vez mais assustadoras. Se não chegamos, estamos muito perto do fundo do poço. Desacreditados por uma política instável e prejudicial, já nos colocaram como de elevado risco perante os grandes conglomerados econômicos do mundo. Como então fazer para adquirir os investimentos necessários que posam melhorar a vida do povo? Nó górdio difícil de desatar, uma vez que estão de mãos amarradas as principais lideranças políticas do país, apontadas ou envolvidas até o pescoço em falcatruas, surgidas nas várias operações da Polícia Federal. Da Presidência da República, passando pelo Congresso Nacional e grandes empreiteiras, há uma série de fortes acusações sobre administração temerária, favorecimento ilícito e avanço nos cofres públicos. Não escapam os presidentes do Senado e da Câmara Federal, umas dezenas de parlamentares e até o ex-Presidente Lula, sem dúvida uma forte legenda política brasileira, reconhecida até no exterior. Para entornar mais ainda o caldo, o STF autorizou a delação premiada do senador Delcídio do Amaral. O ex-líder do Governo no Senado, para diminuir sua pena no “cartório”, atira para todos os lados na tal delação. Não escaparam a presidente Dilma, o ex-presidente Lula, o senador Aécio Neves, os presidentes da Câmara e do Senado e uma ruma de parlamentares e pessoas ligadas a negócios escusos. Não piorou o ambiente a nomeação de Lula para Ministro da Justiça? Ironia! Some-se a esta mixórdia o elevado grau de desemprego, a inflação, a insegurança pública, a falta de melhor assistência à saúde e outros males que vêm afetando todos nós O reflexo de tanta balbúrdia, temeridade e insensatez são refletidas nas manifestações ocorridas em quase todo o País, quando milhões de pessoas criticaram veementemente o “statuo quo”, apontando-se como responsáveis maiores os atuais “donos do poder”.  Mas, registre-se, também não foram poupadas as atuais lideranças da chamada oposição, o que significa dizer que eles também são mal vistos, não inspirando confiança para que o Brasil volte a crescer e ser o país que todos esperam. Aonde vamos chegar? Não gostamos de delatores, mas felizmente ou infelizmente eles soltam suas “verdades”, na procura de minimizar suas penas. Quais as saídas que nos restam. Sem dúvidas, há inúmeras tidas nas cabeças na cabeça da gente. Uma cousa é certa, como está não é possível ficar. Nós, certamente, não teremos tempo para ver o Brasil caminhando no bom caminho. Os longos e bons anos de vida nos sugerem que está perto a saída de campo. Contudo, gostaríamos que meus filhos, netos, bisnetos, amigos, a população como um todo sejam viventes em país mais saudável, em que os direitos de todos sejam respeitados de fato, em que aja oportunidade para uma vida digna de pobres e ricos, brancos, mulatos ou pretos, seja quem for. Isto é possível. Claro que é. O povo que está nas ruas, se quiser vida melhor, que se mobilize também indo aos bairros ricos e pobres, favelas e guetos anunciando uma nova era e apontando caminhos para o exercício da cidadania. Clamar por uma nova Constituição, verdadeiramente enxuta, é preciso. Forçar uma reforma política é necessário. Não é um acinte 31, sei lá, ministérios? Não são tapa na cara do povo as vergonhosas mordomias nos Três Poderes? E o descaramento dos políticos profissionais, quase sempre trabalhando em benefício próprio, muitas vezes por caminhos sujos? Temos consciência de que hão de dizer: quanta baboseira de um caduco! Sonhar o bom sonho, contudo, é preciso...

Nenhum comentário:

Postar um comentário