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sexta-feira, 22 de julho de 2011

CALEIDOSCÓPIO - JOGO, O IMPREVISÍVEL DE SEMPRE

Na tarde do sábado último, para boa parte de brasileiros e de professorais e, muitos deles, “donos da verdade” comentaristas de futebol, houve uma “tragédia” só porque o Brasil foi desclassificado pelo Paraguai, na atual Copa América. Não se levou em conta que o imponderável é da essência de jogo de cartas, de esportes ou de qualquer outra competição. Até certo ponto relevou-se que a Argentina, o Uruguai e o Chile também foram eliminados por seleções não muito consideradas. E a final da Copa, com Uruguai e Paraguai? O Brasil é o Brasil e não pode perder! Meteu-se o malho na incompetência dos nossos jogadores, principalmente dos mais novos.  Por conta e risco de grande parte dos comentaristas  esportivos, jovens esperanças como Neymar, Ganso, Jadson, jakson e outros mais que ainda não chegaram aos 23 anos, e até alguns já de outras copas,  talvez não merecessem figurar agora na seleção, por isto mesmo perdemos para os nossos vizinhos. Não faltaram comparações com  o passado e  com  o “menino” Pelé da Copa do Mundo de 1958, quando o Brasil sagrou-se campeão mundial de futebol, pela primeira vez. Ninguém levou em conta que Pelé, sozinho ele, tinha 17 anos. Os outros jogadores  Gilmário, Brandão, Nilton Santos, Garrinha e os demais eram craques já passados na casca do alho. O “menino” brilhou e se consagrou. Mas com o respaldo dos “coroas”. Alguns afirmaram até que a nossa seleção no último dia 9 fez o melhor jogo da temporada, mas foi incompetente na hora das finalizações. Relegaram que dominamos o adversário o tempo inteiro, mas a bola teimosamente não entrou no gol adversário. Esqueceram que o goleiro paraguaio foi a melhor figura em campo, fazendo quase milagres na área dos três paus. Pegou tudo que era de bola que fosse para a sua meta. Quando não era ele, o goleiro, a trave estava ali para salvar o aguerrido adversário.  Foi mesmo um dia de azar. Quem já se viu perder quatro penaltes?  Verdade é que a seleção brasileira cometeu muitos erros. Faltou aos nossos jogadores mais empenho, mais garra, mais sentido de equipe. Com tudo isto, porem, merecíamos melhor sorte pelo que os jogadores fizeram. Com tranqüilidade, é o nosso pensamento agora sobre a saída do Brasil da Copa América. Em tempos passados, quando militamos na crônica esportiva, levados pela paixão, pelo bairrismo, talvez até que professoral e “dono da verdade” estivéssemos também metendo o pau na seleção do Mano Menezes. O tempo muito nos ensinou.

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