O PERIGO DAS GENERALIZAÇÕES
Conhecido jornalista da área de economia do Ceará diz em sua conceituada coluna que, em novembro de 2010, foi criado o Conselho Gestor do Plano de Desenvolvimento Sustentável do Meio Norte. À frente, afirma, acho que por engano de digitação ou revisão “...até hoje, nove meses depois do Decreto 7.373, o Conselho Gestor não foi criado. Não se lê ou ouve qualquer manifestação de quem cuida do turismo” . Não tenho certeza se ouvi mal, mas sobre o mesmo assunto, na rádio em que faz intervenções, pela manhã, o abalizado jornalista adianta haver no caso incompetência ou descuido de quem trata entre nós do turismo. É aquilo que se sabe: toda generalização é sempre perigosa e pode levar a equívocos. De fato, o turismo brasileiro ainda está muito aquém do que se deseja, como atividade econômica. Os gargalos são muitos. Somos um país continental com problemas que, infelizmente, não foram superados, em boa parte pela má gestão das administrações federal, estadual e municipal. Também, não temos ainda tradição na área turística. Não são todos os estados que possuem uma herança histórica que se possa apresentar como atração para visitantes. Não obstante a riqueza da nossa natureza, da geografia, da flora e fauna maravilhosas, tudo isto não vem sendo oferecido como devia ao público mundial. Não apenas a incompetência e o amadorismo são responsáveis pelo incipiente prestígio brasileiro no setor turístico. Uma série de fatores contribuem, também, para que não sejamos ainda uma força destacada no cenário global do setor. Países como a França, Espanha, Itália e Portugal têm história milenar e cedo, no século passado, começaram a mostrar com competência as suas potencialidades históricas e naturais. Mas estamos chegando lá. Por sinal, o último Mailclipping Brasil publica que “Mesmo em tempos de crise, uma análise detalhada permite caracterizar o Turismo como um dos setores de atividade econômica mais dinâmicos para os países lusófonos. Portugal apresentou em 2010 os melhores resultados neste setor, com um aumento de 10% da receita em relação ao ano anterior, num total de 7.611 milhões de euros”.E mais: “No Ceará, o turismo apresenta significativo potencial, inserido no setor de serviços que responde por 70,24% da riqueza gerada (PIB)”. Ressaltamos nós que, no Brasil como um todo e no Ceará em particular, há pessoas bastante competentes envolvidas no turismo, com reconhecimento internacional. Pena é que, como ocorre em várias outras atividades, econômicas ou não, a política atrapalha, indicando dirigentes incompetentes, grande parte corrupta.
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