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quinta-feira, 15 de agosto de 2013

NINGUEM SE ENTENDE

Eita que baita confusão! Esta questão da construção de viadutos no cruzamento das avenidas Antônio Sales e Engenheiro Santana Junior está mobilizando opiniões contraditórias por parte da população de Fortaleza. A Prefeitura e muita gente do ramo defendem que a obra é de extrema necessidade para resolver a questão do tráfego na área. Enquanto isto, ambientalistas, defensores públicos e outros experts são contrários, apresentando seus argumentos, afirmando a degradação da natureza no Parque do Cocó ou irregularidades no licenciamento do projeto. Ambas as partes se dizem certas. O problema persiste e inquieta, sobretudo os que se dirigem de veículos ou para os lados da Avenida Washington Soares ou para a Praia do Futuro. O fato é que, enquanto não houver um pronunciamento definitivo da Justiça sobre o assunto, os ambientalistas continuarão acampados no local, o tráfego ali permanecerá caótico, sem uma solução viável à vista. Aqui ficamos pensando: como a vida agora é difícil de ser vivida? Não só Fortaleza como todas as cidades brasileiras, na parte específica da mobilidade urbana, atravessam momentos angustiantes quando seus habitantes se movimentam para ir ou voltar do trabalho ou por outros motivos. As nossas cidades não foram planejadas e mesmo as poucas que tiveram planejamento apresentam gravíssimos problemas de mobilidade urbana em razão da explosão populacional e da consequente expansão de suas áreas. Também por falta de uma visão futurista, não temos transporte público eficiente. Faltam metrôs, VLTs, trens e ônibus de qualidade para locomoção do povo. Dia a dia, milhares de automóveis, caminhões e bicicletas novos entram em circulação em todas as cidades. Nossa capital tem um acréscimo de seis mil automóveis todos os meses. São por ano 72 mil veículos só deste tipo circulando. Milhares de motos, acessíveis nos preços, em parte significativa aumentam a confusão do trânsito.  Problemão.   E os crescimentos das urbes não podem mais ser como antigamente. Agora há de se respeitar o que os órgãos especializados determinam em função de leis. Outro problemão. Não sabemos como viveria a população de grandes cidades brasileiras sem seus imensos túneis e viadutos, cortando rochas, passando por manguezais, de qualquer maneira atingindo a Mata Atlântica, a natureza. Rio de Janeiro, São Paulo e Salvador como seriam?  Não temos ideia como é a “estória” nestes grandes centros, uma vez que continuam em expansão.  Aqui, em Fortaleza, nossa santa terrinha, o problema é tratado, pensamos, de modo emocional, com interesses em jogo por parte de ativistas, de técnicos de políticos interessados em tirar partido da situação. Soluções fantasiosas, de custos inimagináveis aparecem a toda hora nos meios de comunicação.  Certamente a Justiça há de oferecer um parecer definitivo. Não seria o caso, agora sim, de a população de modo global dizer o que pensa através de um plebiscito? 

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