No último final de semana prolongado, por conta do feriado relativo à
proclamação da República, fomos à Taíba, uma joia do litoral oeste do
Ceará. Estivemos nos saudáveis três dias
com um amigo comum, o Gallas, um auditor aposentado do
Banco do Nordeste e hoje convivendo com os que, no Fórum, lutam pelo melhor
para o turismo do Estado. Ficou surpreendido o amigo com a beleza e a extensão
do badalado distrito de São Gonçalo do
Amarante, não apenas pela hospitalidade dos seus moradores, que têm na
pesca, no turismo e no comércio os
principais meios de uma sobrevivência pacata e saudável. Não mediu palavras
para enaltecer a cidade, limpa e com dezenas de bons e médios meios de
hospedagem, agora acrescida pelo grande e bem “bolado” resort construído
recentemente, no lado leste, entre o Morro do Chapéu e o mar. Mas como nem tudo são flores, como costumo
repetir, o Gallas acha – e nós também, que a Prefeitura local está se
descurando da manutenção da entrada da cidade que vai até o povoado, cheia de
buracos, armadilhas para os veículos. Também estranhou o por que a fiscalização está
ausente num problema que aos poucos vai se agravando. É que a única rua que dá
acesso ao mar, no lado nascente, justamente no quarteirão que vai à praia,
esteja sendo levantada uma construção,
pelo jeito, consistente, pois trabalhada com pedra, cal e cimento. Antes havia só um casebre rústico, agora muito melhorado. Consta que houve
conivência de um ex-vereador e até se procurou impedir que a invasão
prosseguisse. Nada feito. Pelo jeito que está no momento, a rua Padre Cícero,
no seu quarteirão inicial, vai ficar pela metade, impedindo o fácil acesso à
praia dos que tem suas casas mais acima. Há urgente necessidade que a
Prefeitura de São Gonçalo cumpra seu papel e intervenha para que as construções
não prossigam naquele local. Como o que está feito, está feito, é o momento de
se dar uma indenização justa aos donos das edificações irregulares, oferecendo-lhes local apropriado para que
ergam suas casas. Eles são invasores de uma área pública, mas são vítimas, por
outro lado, de uma política que não lhes oferece melhores condições para que
tenham uma vida digna.
Nenhum comentário:
Postar um comentário