O entrosamento que se vem verificando nos últimos anos entre os esportes e o turismo é bastante importante para os dois segmentos. Andando lado a lado e corretamente administrados a parceria renderá melhores frutos, cada um com seu objetivo mas ambos contribuindo em grande escala em favor do bem comum, do erário público e da movimentação do comércio e serviços. Exemplo vivo no Ceará e em particular em Fortaleza foram promoções de jogos das Confederações de Basquete e de Futebol de Salão e também as lutas de grandes astros do MMA. Movimentaram positivamente as torcidas e os hotéis, projetando-nos num cenário maior, até internacional. Mesmo com os equívocos que vêm ocorrendo, é impossível negar que lucramos com os jogos patrocinados pela FIFA. Fortaleza, como as outras cidades-sede dos jogos das Copas, concretamente se beneficiou, no ano passado, antes, durante e depois da Copa das Confederações, como indica estudo sobre impacto econômico divulgado pelo Mtur. Conforme a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas a Copa gerou um movimento de R$ 20,7 bilhões, sendo R$ 11 bilhões referentes a gastos de turistas, do Comitê Organizador Local e de investimentos privados e públicos, e outros R$ 9,7 bilhões como renda acrescentada ao PIB brasileiro, deste restando 58% para as cidades-sede. Em termos de dinheiro, circularam na capital cearense de turistas estrangeiros R$ 11.515.586,00) e de nacionais R$ 77.120.513,16, perfazendo um total de R$ 88.636.099,16. Fomos o 3° em movimentação financeira, ficando atrás apenas do Rio de Janeiro e de Belo Horizonte .Como se nota, estamos ganhando. o que indica ser um bom negócio a parceria esporte e turismo. Lastima-se que, após seis anos da escolha definitiva das cidades-sede, da assinatura de protocolo de intenções, Fortaleza ainda está com grande parte das obras programadas se arrastando e não serão concluídas até junho, mês em que serão iniciados os jogos da Copa do Mundo. Afora a Arena Castelão, o restante do que foi programado não está totalmente terminado ou não será concluído em tempo. Nem as vias principais para a mobilidade urbana que demandam o Castelão, nem mesmo o Aeroporto Pinto Martins, que de internacional só tem o nome. O que diremos para os que vierem via aérea a Fortaleza e forem recebidos nas lonas improvisadas para recepção? Uma decepção. Que pelo menos se proceda como os antigos sertanejos que recebiam as pessoas em casa lima, terreiro limpo e caneco de água bem areado. Já que a nossa cidade padece de muita coisa, que, como os sertanejos, possamos oferecer uma cidade limpa da sujeira do momento, com ruas, avenidas e seu canteiros em condições normais para o tráfego de pesos e veículos. Enfim, já que a negligência, para se dizer o mínimo, é irreversível, pelo menos que a “casa” não se apresente tão feia.
Nenhum comentário:
Postar um comentário